Tempo
|
A+ / A-

Pedrógão Grande: Seguradoras criam fundo de 2,5 milhões para familiares de falecidos

22 jun, 2017 - 14:31

As empresas do sector vão abrir mão de algumas regras e limitações para poder ajudar melhor as pessoas que tudo perderam nos incêndios.

A+ / A-

Veja também:


As seguradoras criaram um fundo especial de 2,5 milhões de euros para apoio extraordinário aos familiares dos pelo menos 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande, distrito de Leiria.

“Os termos, eventuais limites e critérios de atribuição das compensações ao abrigo do fundo especial, estão ainda em estudo e serão em breve divulgados”, informou a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em comunicado.

A APS convidou o director da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Romano Martinez, para liderar a equipa que irá propor os critérios a adoptar na repartição da verba pelos familiares dos falecidos.

As seguradoras reiteraram ainda o “propósito de assumir o pagamento de todas as indemnizações que sejam devidas ao abrigo dos contratos de seguro vigentes, nos termos e segundo os procedimentos neles previstos”.

Às habitações com seguro que cubra o risco de incêndio “não serão aplicadas as franquias contratuais, nem se aplicará em caso de infraseguro – ou seja, um seguro feito por valor inferior ao valor da habitação – a denominada regra proporcional e serão calculadas as indemnizações devidas nos termos gerais”.

A associação manifestou ainda “profundo pesar pela trágica situação” do passado fim-de-semana e endereçou “sentidas condolências às famílias das pessoas falecidas”, exprimindo ainda solidariedade a “todos os demais afectados pela calamidade”.

“Apesar de ainda não ser possível efectuar o apuramento das causas, circunstâncias e consequências do evento, nem se dispor da identificação das pessoas e bens atingidos, as empresas de seguros associadas da APS reiteram naturalmente o propósito de assumir o pagamento de todas as indemnizações que sejam devidas”, lê-se ainda.

As empresas de seguros deslocaram profissionais para o terreno, abrindo “canais específicos de comunicação e agilizando a regularização dos sinistros ao abrigo dos contratos de seguro vigentes”.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que foi dado como dominado na tarde de quarta-feira, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.

O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 30.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Bela
    22 jun, 2017 Coimbra 17:10
    Nos dias a seguir à tragédia, ouvi falar em psicólogos para ajudar os moradores das áreas afectadas. A melhor forma de ajudar aquelas pessoas, vivo no campo e sei bem o que digo, é reconstruir e rapidamente a respectiva habitação e as condições para poderem voltar a ter animais e as hortas. Há tanta gente reformada que trabalhou na área da construção civil e afins e tanto jovem desempregado, que por vezes não sabem como ocupar o tempo, que tal...

Destaques V+