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Dominado incêndio em Góis. Arderam 20 mil hectares

22 jun, 2017 - 08:14

O quinto dia consecutivo de combate aos incêndios arranca com um cenário mais animador.

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O fogo que desde sábado lavra em Góis, no distrito de Coimbra, foi dado como dominado às 7h41, informou o comandante operacional, Carlos Tavares. A diminuição da temperatura e o aumento da humidade registados durante a noite de quarta-feira e a madrugada ajudaram no combate às chamas.

“A única frente activa” do fogo que atingiu os concelhos de Góis, Pampilhosa da Serra e Arganil e que já só lavrava neste último município foi “dada como dominada às 7h41”, disse o comandante.

Ainda assim, os 1.010 operacionais apoiados por 284 meios terrestres, além de sete máquinas de rasto, vão permanecer no terreno.

“Há fortes possibilidades de reacendimentos”, justificou Carlos Tavares, referindo que esta região é propícia a este tipo de situações, nomeadamente por causa da orografia e das condições climatéricas, com muitos ventos, temperaturas elevadas e baixos índices de humidade.

“Não podemos aliviar” a intervenção e “há ainda muito trabalho pela frente”, destacou o comandante, admitindo o surgimento de novos focos de incêndio ao final de manhã, início da tarde, período no qual se prevê temperaturas relativamente elevadas e baixa humidade.

Também entraram em acção seis meios aéreos pesados, entre os quais “quatro aviões e dois helicópteros”, disse o responsável.

O comandante operacional indicou também que as pessoas deslocadas das aldeias evacuadas começam hoje a regressar às suas casas.

O quinto dia consecutivo de combate aos incêndios arranca com um cenário mais animador.

Depois de ter retirado a vida a 64 pessoas e provocado mais de 200 feridos, o fogo em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, encontra-se dominado desde a tarde de quarta-feira, de acordo com o comandante operacional da Protecção Civil Vítor Vaz Pinto.

Apesar de a tragédia ser ainda recente, os sinais da reconstrução do que foi destruído pelas chamas em Pedrógão Grande já se notam, desde a substituição do alcatrão da “estrada da morte” ao corte de árvores.

Na Estada Nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas que seguiam em viaturas e ficaram encurraladas pelas chamas entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, trabalhadores apoiados por máquinas começaram na quarta-feira a proceder à remoção e substituição do alcatrão, fazendo-se a circulação automóvel de forma alternada.

Na quarta-feira à noite, a ministra da Administração Interna admitiu a possibilidade de instaurar um inquérito ao incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, mas para tal necessita de obter todos os dados sobre aquilo que se passou.

Comentários
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  • DR XICO
    22 jun, 2017 LISBOA 11:22
    Questões como os corta fogo que os espanhóis ontem puseram em prática logo no 1º dia que chegaram e que tanto resultado teve deveria servir de ensinamento aos INCOMPETENTES DOS COMANDANTES que olham para as chamas a km de distância sem nada fazerem bem podiam fazer incendios controlados para enfrentar o fogo. APRENDAM COM QUEM SABE
  • Arderam?
    22 jun, 2017 Lx 10:01
    20000 mil hectares ou o perimetro do incendio foi de 20000 hectares? É que são coisas diferentes que uma adequada informação deve ter em conta! Não esquecer que nos perimetros ardidos podem ficar bolsas de vegetação que não ardem!...

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