21 jun, 2017 - 21:25
Piratas informáticos russos “atacaram” 21 estados norte-americanos nas eleições presidenciais de 2016.
A informação foi avançada ao Congresso por Jeanette Manfra, do departamento de segurança interna para a cibersegurança.
Segundo a mesma fonte, Moscovo atacou 21 estados e conseguiu entrar em alguns, apesar de reforçar que não há provas de que os votos tenham sido manipulados.
Questionada sobre o porquê de o Presidente Obama não ter avisado o público deste ataque, Jeanette Manfra respondeu que havia “preocupação” com o facto de “não ser percebido que a Administração não estava a tomar partidos”.
Já Jeh Johnson, que liderou o departamento de Segurança Interna na Administração Obama, reforçou que os serviços secretos concluíram que o Kremlin orquestrou uma mega operação para influenciar as eleições, que incluiu ataque informático e propaganda online para desacreditar Hillary Clinton, a candidata presidencial dos Democratas, e ajudar Trump a ganhar o acto eleitoral de Novembro.
Johnson, que também falou perante a comissão de serviços secretos do Congresso, considera que não foi dada a devida importância a esta questão porque o país andava “entretido” com o caso da cassete de 2005 em que Trump era acusado de ter atacado sexualmente uma mulher.
A alegada intromissão russa nas eleições presidenciais norte-americanas tem sido um dos temas dos últimos meses.
A Rússia tem repetidamente negado qualquer interferência no acto eleitoral.
Já Trump nega que tenha havido qualquer “conluio” entre a sua campanha e a Rússia e considerou “fake news” as informações que apontam nesse sentido.
O conselheiro especial Robert Mueller, antigo director do FBI, está a liderar a investigação ao caso.
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