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Incêndio de Pedrógão Grande está a ser combatido por mais de 900 homens

18 jun, 2017 - 22:48

Já em Góis (Coimbra) estão mais de 400 operacionais.

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A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) mantinha pelas 20h30 cerca de 900 operacionais a combater o incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, que provocou 61 mortos.

Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o fogo deflagrou em Escalos Fundeiros às 13h43 de sábado e, pelas 22h45, estavam no local 922 operacionais, apoiados por 287 viaturas.

No outro incêndio que mais preocupa as autoridades, estão 421 operacionais e 133 viaturas a combater as chamas em Góis, distrito de Coimbra.

No último balanço, a partir do posto de comando em Pedrógão Grande, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, informou que os feridos são 62, dois deles em estado grave, sendo que o incêndio mantinha quatro frentes activas.

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, fazia outro balanço: 95% da floresta do concelho ardeu e, ao nível de infra-estruturas, o concelho está "a zero".

Numa deslocação ao local ao início da tarde, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que a prioridade tem de ser o combate ao incêndio e a identificação das vítimas mortais, admitindo na ocasião que o número ainda pode subir.

"Chegará o momento de apurar o que aconteceu", afirmou António Costa, à entrada de uma reunião na Câmara Municipal de Pedrógão Grande.

Para o primeiro-ministro, que depois se deslocou a outros concelhos afectados, a prioridade tem de ser dada ao combate aos incêndios que estão activos e à identificação das vítimas, "não só as encontradas, como as que porventura ainda iremos encontrar".

Ao início da tarde chegou também uma ajuda dos céus, dois aviões 'Canadair' espanhóis, que foram empenhados no combate ao incêndio, e o anúncio da convocação, para terça-feira, pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, de uma conferência de líderes extraordinária para reagendamento dos trabalhos do Parlamento.

Entretanto, chefes de Estado e de Governo de vários países estrangeiros enviaram mensagens de solidariedade, enquanto outros anunciaram estar prontos para ajudar.

Entre as ajudas mais significativas conta-se a da Fundação Calouste Gulbenkian, que decidiu constituir um fundo especial de 500 mil euros, para apoio às organizações da sociedade civil da região de Pedrógão Grande, afectada pelos incêndios deste fim-de-semana.

Mas por todo o país, outras entidades e instituições, civis, militares e religiosas, e centenas de cidadãos anónimos estão a ajudar, disponibilizando bens alimentares para bombeiros e vítimas.

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, entretanto, que a identificação definitiva das vítimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande só será possível posteriormente.

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