18 jun, 2017 - 15:52
Em directo: Toda a informação sobre Pedrógão Grande e outros incêndios
O primeiro-ministro informou esta tarde os jornalistas de que o número oficial de mortos desceu de 62 para 61, uma vez que um dos registos estava duplicado, mas rapidamente acrescentou: “Não vale a pena alegrarmo-nos com isso, porque seguramente ainda vamos encontrar mais vítimas”.
“Infelizmente a situação não está ainda concluída. O incêndio mantém-se activo e o vento reacendeu algumas frentes”, acrescentou António Costa à saída de uma reunião com autarcas locais onde se procurou soluções para a tragédia que se abateu sobre as populações locais.
Neste intervenção esclarece que já foi encontrado alojamento para todos os que dele precisam, numa acção concertada entre a Segurança Social, a União das Misericórdias e as IPSS da região.
O primeiro-ministro anunciou que vão ser instalados no terreno
quatro centros operacionais da Segurança Social em Pedrógão Grande, Avelar,
Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. Da Segurança Social permanecerão na região 400 operacionais para prestar todo o apoio necessário.
Estes espaços terão “condições para dar resposta quer a alojamentos de emergência quer a apoios sociais de emergência que sejam necessários”.
Segundo António Costa há ainda aldeias em risco mas que, com a colaboração da GNR, já foram evacuadas. “Apelo a todas as pessoas para obedecerem às autoridades quando receberem ordens de evacuação”, disse.
Costa informou ainda que a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, permanecerá em Pedrógão Grande para articular as respostas necessárias e o ministro do Planeamento, Pedro Marques, coordenará, como aconteceu nos incêndios da Madeira no ano passado, o conjunto de apoios que serão necessários.
“Infelizmente a situação não está ainda concluída e prossegue um trabalho muito penoso de identificar, aldeia a aldeia, eventuais vítimas”, referiu.
Aulas e exames suspensas
O primeiro-ministro anunciou ainda que “ficam encerrados por tempo indeterminado” os estabelecimentos de ensino dos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
“Em devida altura, serão remarcadas para que as
possam realizar nas melhores condições”, referiu, pedindo às rádios que
transmitissem estas duas informações, uma vez que em muitas aldeias não há luz eléctrica
e a rádio é a única fonte de informação das populações.
O Ministério da Educação informa depois que a situação será avaliada dia-a-dia.
O ministro da Educação está a contactar os directores de agrupamento das escolas dos concelhos mais atingidos pelos incêndios, indicando que é fundamental que as escolas se possam concentrar no acompanhamento aos alunos, professores e funcionários.
O fogo em Pedrógão Grande deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão (distrito de Leiria), e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.