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Autarca de Pedrógão Grande fala num “autêntico inferno”

18 jun, 2017 - 12:58

Chamas fazem 62 mortos e 54 feridos. Há 150 desalojados.

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"Um autêntico inferno que foi vivido ontem". A descrição é do presidente da Câmara de Pedrógão Grande que fala em 27 aldeias devastadas e 150 famílias desalojadas.

"Isto parece que não está a acontecer... que não é verdade. Todos os anos há incêndios, mas isto é uma coisa do outro mundo”, disse aos jornalistas em tom de desabafo Valdemar Alves.

Aos críticos da actuação no terreno responde: “Não estiveram no terreno, não fazem ideia não venham com teorias, não venham cá dizer que os bombeiros não prestam, os técnicos não prestam, que ninguém percebe de incêndios. Isto são fenómenos da natureza”.

O autarca acredita que o número de vítimas mortais aumente após a inspecção casa a casa. “O incêndio deflagrou na hora da sesta e as pessoas idosas com sono profundo podem ter morrido”, justifica.

Num novo balanço do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, registam-se 62 mortos e 54 feridos. Há ainda 150 famílias desalojadas.

O director nacional da Polícia Judiciária afirmou que o fogo teve origem numa trovoada seca, afastando qualquer indício de origem criminosa.

O Governo declarou o estado de contingência, dada a dimensão do fogo e suas consequências. Este estado "activa determinados meios e permite também outras possibilidades para tudo o que se vier a desenrolar a partir daqui e também para o que já aconteceu", disse o secretário de Estado da Administração Interna

O centro de saúde de Pedrógão Grande foi transformado num centro hospitalar para tratar os feridos e as vítimas do incêndio. Na Casa da Criança, junto à Santa Casa, estão elementos da segurança social para ajudar os desalojados e técnicos de apoio psicológico para informar e encaminhar as famílias das vítimas mortais

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