Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

PSD “satisfeito” com avaliação da Fitch mas lembra que “não é a primeira vez"

17 jun, 2017 - 18:12

Passos Coelho lembra que a agência de notação, em 2014, colocou a evolução da dívida portuguesa com uma perspectiva positiva, mas que depois baixou novamente para "estável", o que "para os mais atentos" quer dizer que Portugal perdeu um ano.

A+ / A-

O presidente do PSD mostrou-se "satisfeito" com a alteração positiva do rating da dívida pública pela Fitch, mas lembrou que "não é a primeira vez que acontece" e que Portugal já esteve "à bica" de sair do lixo.

Em Paços de Ferreira, a discursar na apresentação dos candidatos autárquicos, Pedro Passos Coelho lembrou que a Fitch, em 2014, colocou a evolução da dívida portuguesa com uma perspectiva positiva, mas que depois baixou novamente para "estável", o que "para os mais atentos" quer dizer que Portugal perdeu um ano.

O ex-primeiro ministro apontou então as baterias ao Governo, acusando o executivo de ter "perdido muitas oportunidades" por "falta de coragem" e defendeu que é preciso "afrontar a 'geringonça'" para que Portugal possa ficar melhor.

"Eu fiquei satisfeito (...) Mas lembrei-me de que muitas vezes as pessoas fazem as festas, atiram as canas, vão buscá-las e depois esquecem-se de que, se queremos ter uma sequência positiva, temos de trabalhar para ela", afirmou Pedro Passos Coelho.

Aquela agência de notação financeira melhorou, na sexta-feira, a perspectiva do rating da República Portuguesa de "estável" para "positiva", abrindo caminho a uma alteração do 'rating' que, para já, continua em 'BB+', dentro do grau de 'não investimento' (vulgarmente chamado de 'lixo').

Segundo lembrou o líder social-democrata, "não é a primeira vez que a Fitch põe a dívida portuguesa com 'outlook' positivo", fazendo uma resenha da avaliação daquela agência de notação financeira à divida pública nacional.

"No ano em que dissemos adeus à 'troika' e seguimos em frente, a Fitch colocou a dívida portuguesa, como ontem, com uma perspectiva positiva. Isso já tinha acontecido antes. E ali por Setembro de 2015, antes das eleições, disse que ficava a aguardar o que se ia passar com as eleições para depois tomar uma decisão", disse.

"Já tivemos, portanto, à bica de poder sair do lixo mas a Fitch, em Março de 2016, baixou outra vez a perspectiva para estável (...) Isto aos mais atentos deve querer dizer que nós perdemos um ano. Alguma coisa se passou para que, em vez do passo seguinte ter sido tirar Portugal do 'lixo', ter sido voltar a pôr em 'estável', para ver o que se ia passar", apontou.

O presidente do PSD apontou, assim, culpas ao actual Governo pela evolução da denotação de Portugal: "Nós perdemos oportunidades nestes dois anos quase que o Governo leva de vida, e perdemos essas oportunidades porque não houve coragem para pensar no futuro".

Para Passos Coelho, "só houve interesse em fazer uma retórica fácil de dizer que o que estava para trás era mau e que agora o bom é devolver os rendimentos como se eles não tivessem começado a ser cortados pelo engenheiro Sócrates".

O líder social-democrata alertou ainda para que Portugal "podia estar muito melhor" apontando o caminho para isso.

"Nós precisamos de lutar para que o país possa ser muito melhor do que é hoje. Mas para isso é preciso afrontar a geringonça, é preciso mexer nas reformas que temos de fazer, para isso é preciso andar em frente, como só o PSD sabe fazer", resumiu.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Mas
    19 jun, 2017 St 11:47
    Desde quando é que a Fitch com este convencido alterou positivamente a notação de Portugal? Tal como em 2011 este aldrabilhas continya a querer enganar os incautos! Continua a querer desgraçar o país e a implodir o partido que lidera com a ajuda dos seus apaniguados!
  • Este gajo
    19 jun, 2017 Lis 10:19
    É um verdadeiro pandego! Agarra-se à boia de qualquer forma para que lhe continuem a chamar "presidente".
  • Este oportunista
    19 jun, 2017 Lx 10:15
    Continua a atentar a inteligencia dos que não se deixam enganar pela sua retorica trapezista! O problema é que ainda não se convenceu que já não consegue enganar aqueles que de boa fé acreditaram nas suas promessas tendo feito tudo ao contrario!
  • Infelizmente
    19 jun, 2017 Lis 10:05
    Por ironia, o diabo que este tipo premonitou acabou por chegar ao centro do país!...
  • Palhaço
    19 jun, 2017 Lx 10:00
    Continua a considerar-se o melhor lá da rua dele!...
  • Antonio
    19 jun, 2017 Vale de Cambra 09:53
    Ninguém arranja uma ocupação para este, GAJO ? trabalho não.
  • Justus
    18 jun, 2017 Espinho 19:23
    Este é mais um "estado de alma" de PC e do PSD. O 1º foi a "arrogância ignorante" ao propalar que ganharam as eleições, não sabendo que as mesmas se destinavam a eleger deputados para a AR e não o governo. O 2º estado de alma foi a "fúria descontrolada" com que investiram contra todos quando se aperceberam que o PS iria formar governo com o BE e o PCP. O 3º foi "as desculpas dos fracassados", repetindo que o PS nunca conseguiria formar governo com partidos anti-europeus e anti-capitalistas porque o PR, os mercados e a UE não o permitiriam. Depois veio o 4º estado de alma, ou seja, as "previsões de raiva e inveja". O governo iria ser um desastre, não baixaria o défice nem o desemprego, a economia iria regredir, vinha aí o Diabo. Viu-se, foi tudo ao contrário do que profetizaram e queriam. O 5º estado de alma deu-se com a "usurpação de resultados". Tudo o que de bom acontecia era pura e simplesmente obra das medidas tomadas pelo anterior governo. O ridículo deste estado de alma levou-os a fugir rapidamente para o 6º estado, ou seja, "juntar-se aos vencedores". Adoptaram, então, o lema "se não os podes vencer, junta-te a eles" e lá vão repetindo que as boas medidas que o governo toma são todas do programa do PSD; as más, não o dizem, mas já sabemos que as atribuem ao Diabo. Estamos agora no 7º estado, o dos "conselhos maldosos". Está tudo bem, os portugueses estão melhor, mas é preciso fazer isto e aquilo. Ainda bem que se renderam, mas nada de fiar. Esperemos pelo 8º estado.
  • PAULO
    18 jun, 2017 LISBOA 18:50
    joana silva - se a agencia aguardou pelas eleiçoes para ver o que se ia passar, nao tem nada a haver com o que Passos Coelho disse ou deixou de dizer, mas curioso é que baixou a notaçao já em 2016 com o costinha e as serigaitas no poder. eu bem me lembro...
  • ´tugatento
    18 jun, 2017 Amarante 13:19
    Será que no PSD nao ha ninguém com capacidade de liderança. Este gajo tornou-se ridículo, sinceramente o partido merecia melhor.
  • maria de jesus
    18 jun, 2017 loulé 11:06
    O Passos coelho não se quer mesmo render a ponto de se tornar ridiculo !

Destaques V+