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Menina iraquiana regressa a casa após três anos refém do Estado Islâmico

16 jun, 2017 - 21:24

"É um verdadeiro milagre ela ter voltado viva”, afirma Catarina Martins, da Fundação à Igreja que Sofre.

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Uma menina iraquiana cristã regressou à família três anos depois de ter sido sequestrada pelos terroristas do autoproclamado Estado Islâmico.

Christina tinha ficado detida pelos jihadistas num posto de controlo. Desde então nunca mais tinha sido vista.

O reencontro com a família aconteceu há oito dias, no campo de refugiados de Ashti, onde vivem muitos dos cristãos obrigados a fugir de casa, explica à Renascença Catarina Martins, da Fundação à Igreja que Sofre.

“Quando recebeu a filha a mãe disse que era um milagre, mas ao mesmo tempo ficou assustada, porque já nem conseguia bem reconhecer a filha. Passaram três anos e a menina já tem seis anos. É uma idade em que as crianças mudam muito. A partir de agora, será também um desafio, mas queremos acreditar e vamos continuar junto destes refugiados para que o futuro seja risonho, dentro do possível, e que corra tudo bem, que esta família tenha finalmente a paz que merece.”

Catarina Martins viveu o drama da família de Cristina em 2015 quando visitou o Iraque. Foi aí que conheceu Aida, a mãe da menina que agora tem seis anos.

“Trago dentro de mim o seu rosto marcado pela dor, o desespero, a ausência de brilho nos olhos, uma pessoa que se via que estava completamente perdida. Receber a notícia do Iraque, de que esta mãe conseguiu, ao fim de três anos, ter a sua menina nos braços, eu imagino que ela está a viver uma alegria imensa”, diz a directora da Fundação à Igreja que Sofre.

Catarina Martins, que divulgou o caso de Cristina em 2015, recorda a convicção da família em como seria possível o reencontro.

“A mãe dizia-me sempre: ‘eu tenho a certeza que Deus vai-me trazer um dia a minha menina’. Ela não desistiu. Sabemos que o pai todos os dias rezou o terço a Deus para que a menina voltasse. É um verdadeiro milagre ela ter voltado viva”, afirma a directora da Fundação à Igreja que Sofre.

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