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Caso dos e-mails. Federação quer esclarecimento antes do início da época

15 jun, 2017 - 18:57

Presidente do Conselho de Disciplina apela à celeridade da investigação que está em curso. José Manuel Meirim admite que justiça desportiva deve estar atenta e avançar assim que haja indícios mais concretos da alegada corrupção do Benfica, denunciada pelo FC Porto.

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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) revelou, esta quinta-feira, que não recebeu ainda qualquer participação quanto às denúncias do FC Porto sobre a alegada influência do Benfica na arbitragem, exigindo celeridade da parte da justiça civil na investigação que está já em curso.

Em comunicado, o presidente do órgão disciplinar federativo, José Manuel Meirim, lamenta a existência de procedimentos disciplinares em curso, a duas semanas do fim da época futebolística, pedindo rapidez, nomeadamente aos responsáveis pela instrução do processo.

"Tal, contudo, não deve ser um entrave a que o CD da FPF e todos os operadores do futebol, desde logo, também, a Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), façam todos os esforços que são reclamados por todos aqueles que verdadeiramente amam o futebol como modalidade desportiva que se desenrola em conformidade com os valores desportivos", salienta Meirim, deixando um apelo "redobrado", de forma a "afastar de forma célere, não só o manto de suspeitas que escurece o universo das competições desportivas profissionais, mas ainda para que todos os procedimentos disciplinares, independentemente da sua natureza ou objecto, venham a alcançar a mais rápida resposta final possível, de molde a que tais competições se disputem, desde o dealbar da época desportiva 2017/2018, num ambiente de regularidade e estabilidade".

Ora, o presidente do CD da FPF quebra, assim, um longo silêncio em relação à matéria, justificando a vinda a público com "razões ponderosas e objectivas, que reclamem a tomada de uma posição pública junto de todos os operadores do futebol e, acima de tudo, perante aqueles que vêem nessa modalidade desportiva uma referência quase diária, isto é, os adeptos, os amantes do desporto e o público em geral".

"Hoje", prossegue, "toda a imprensa confere assinalável destaque a um conjunto de declarações e factos, de diversa natureza e origem. Refere-se ainda a investigação do Ministério Público e do CD da FPF. Assim sendo, perante este retrato público, não pode o CD deixar de se exprimir, em nome da confiança que devem merecer as instituições desportivas que exercem o poder disciplinar junto de um, como vimos, vastíssimo universo de entidades e pessoas".

Francisco J. Marques com processo de inquérito reforçado

No mesmo comunicado, Meirim recorda a abertura de um processo de inquérito, após o director de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, ter divulgado mensagens de correio electrónico alegadamente trocadas entre o director de conteúdos da BenficaTV, Pedro Guerra, e o ex-árbitro Adão Mendes.

Na última terça-feira, o responsável portista revelou, no PortoCanal, mensagens de correio electrónico trocadas entre o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o antigo presidente da Liga Portugal, Mário Figueiredo, que assegurava "estar sempre do seu lado", assim como e-mails recebidos e enviados pelo assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, sobre delegados da LPFP e árbitros.

"Perante novas declarações e notícias, foi determinado anexar esses elementos ao processo de inquérito", sustenta o CD da FPF.

"O mesmo sucederá amanhã perante as notícias de hoje e sempre assim será quando o CD tomar conhecimento de elementos relativos ao objeto do inquérito. Esclareça-se, aliás, que ao CD não chegou, até a este momento, qualquer denúncia, participação, queixa, seja de quem quer que seja ou mesmo anónima", remata o extenso comunicado.

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  • abilio
    16 jun, 2017 porto 07:05
    Sr Manuel Merim a sua tarefa está nas instruções dos emails "agora apague tudo " por isso não existem motivos para tanta presa é só seguir as instruções.

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