15 jun, 2017 - 12:45
"Não anunciaram no fim da época passada uma aliança para fazer mal ao Benfica?"
A pergunta de Ribeiro e Castro dá o mote para a conversa estabelecida entre o ex vice-presidente dos encarnados e Bola Branca.
O antigo dirigente consegue perceber a estratégia utilizada por FC Porto e Sporting para denegrir a imagem do clube liderado por Luís Filipe Vieira e dos seus dirigentes.
"É um ataque que está em curso", começa por dizer Ribeiro e Castro. O conhecido benfiquista recupera a história de alianças passadas para contextualizar o pontapé de saída neste processo dos emails dado pelos dragões e agora secundado pelos leões.
"Foi sempre assim! É conhecido que há dirigentes do FC Porto especialistas neste tipo de movimentos e há dirigentes do Sporting que são especialistas em ser serviçais continuadores. Portanto, é isso que estamos a assistir. Já vimos isto várias vezes no futebol português, quanto a isso não há nada de novo. São papéis de teatro menor que nada têm de novo", acrescentou.
Embora não esteja surpreendido com o "ataque violento" protagonizado pelos portistas, o antigo dirigente do clube da Luz não acredita que depois da luta encetada por Luís Filipe Vieira que resultou no conhecido processo "Apito Dourado", considerado um caso "sério" e uma "página negra" que acabou "sem consequências" para o FC Porto, que o líder encarnado se tenha, alegadamente, envolvido num esquema de favorecimento ao emblema que preside.
"Não acredito que as acusações que lhe são feitas tenham uma ponta de verdade. Não acredito!", afirma convictamente Ribeiro e Castro.
Por isso, pretende que depois de conhecidas essas "violentas" acusações o Benfica faça tudo ao seu alcance para que sejam "desmentidas e vencidas".
O ex-dirigente considera que esta estratégia dos rivais tem por objectivo "interromper a carreira de sucesso e reconstrução que o Benfica tem feito".
Momento actual do futebol exige intervenção de várias instituições
Ribeiro e Castro, nesta entrevista a Bola Branca, manifestou a sua estranheza pelo silêncio da Liga, da Federação Portuguesa de Futebol, mas também do Governo.
"Estamos também perante um tipo de ataques que põem em causa a credibilidade do desporto, que também ferem a forma como a Liga e a FPF desempenham as suas responsabilidades e ninguém diz nada. Dá ideia que não lêem jornais, não ouvem a televisão, nem a rádio, que apenas o público o faz. Eu não tenho paciência para seguir este folhetim, porque já sei que é um folhetim, mas eles têm que ter a paciência e a responsabilidade de o fazerem", acusa o antigo dirigente desportivo e ex-deputado.
A terminar, o antigo vice-presidente apontou baterias ao governo e aos responsáveis pela tutela do desporto em Portugal.
"O futebol está debaixo de ataques violentíssimos, sobre a sua credibilidade, sobre a sua competência, sobre a sua solidez e dá ideia que não há ministro do desporto, secretário de estado do desporto e que não há Instituto do Desporto. Estão a ser despejadas toneladas de lama sobre o futebol e ninguém diz nada. Não pode ser.", remata Ribeiro e Castro.