12 jun, 2017 - 10:58
"Quem não deve não teme". É o que dizem os munícipes da Amadora, distrito de Lisboa, onde o sistema de videovigilância foi instalado há um mês. Sentem-se mais seguros e não se mostram preocupados com a protecção de dados.
A questão da videovigilância está na ordem do dia, já que outras cidades pretendem instalar este sistema. Em Lisboa, onde o sistema já está em funcionamento no Bairro Alto, a autarquia pretende alargá-lo a outras zonas da cidade.
Mas os comerciantes da Avenida Almirante Reis duvidam que a instalação de câmaras resolva o tráfico e o consumo de estupefacientes na zona. Em declarações à agência Lusa, defendem que "é muito mais importante" um reforço do policiamento.
“É evidente que isto não é um estado policial – também não o defendo – mas não vemos um polícia de giro como se via antigamente na rua”, reclama o proprietário de uma loja de ferragens, segundo o qual "se as autoridades quisessem" o problema da droga já estava resolvido.
O primeiro local do país a ter câmaras de vigilância na rua foi o Santuário de Fátima. Foram instaladas oito em 2008 e em Janeiro de 2017 foram instaladas mais três nas traseiras da Basílica da Santíssima Trindade.
Funcionam todas 24 horas por dia e o balanço é positivo, dado que permitiu uma redução significativa da criminalidade, segundo diz à Renascença o comandante do posto territorial da GNR de Tomar, Carlos Canatário. O crime que mais desceu foi também o que ali mais ocorre: furto de carteira.
“Conseguimos ter um aumento de 12% na recuperação de carteiras e um acréscimo de informações para proveito da investigação criminal”, adianta à Renascença.
Em Coimbra, há quem queria de novo a baixa da cidade sob videovigilância. Há 30 câmaras instaladas na zona histórica da cidade, mas o sistema foi desligado há seis meses por falta de uma autorização do Ministério da Administração Interna.
Vítor Marques, presidente da Agência de Promoção da Baixa de Coimbra, diz que o sentimento de insegurança aumentou, pelo que espera que o Ministério da Administração Interna resolva a situação em breve, até porque “o investimento já está feito” e é importante que seja rentabilizado.