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​Unidade Especial da PSP de Faro com novas tarefas: fazer serviços de limpeza

08 jun, 2017 - 11:37

Associação Sindical mostra-se "completamente em desacordo" com a medida. A regulamentação agora imposta "agravou o sentimento de instabilidade e de desconforto" do grupo.

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Os elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP) de Faro estão a ser incumbidos de limparem as instalações e a área envolvente da unidade, o que já motivou sindicatos a pedirem a intervenção da direcção nacional da PSP.

De acordo com uma comunicação interna, a que a agência Lusa teve acesso, é pedido aos comandantes das quatro subunidades daquela força destacada que distribuam a limpeza da unidade pelos elementos das diversas valências, consoante as áreas, regulamentação datada de 19 de Maio com a indicação de que entra "imediatamente em vigor".

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues mostrou-se "completamente em desacordo" com a medida, dizendo "não compreender a necessidade de fazer um regulamento para obrigar as pessoas a fazerem um serviço que não faz parte das competências" da polícia.

"Não acredito que o trabalho de polícia fique por fazer, o que criticamos é a obrigatoriedade imposta às pessoas, que pode ser sancionada disciplinarmente", referiu, acrescentando que alguns elementos desta força já garantiam arranjos e melhorias nos espaços da unidade, mas de forma voluntária.

Pressões sobre polícias?

No regulamento, enviado pelo adjunto do comandante da UEP de Faro, alega-se "alguma dificuldade em garantir a manutenção, limpeza e asseio" da sede da UEP, localizada no aeroporto de Faro, edifícios e áreas envolventes, serviço que é assegurado apenas por duas funcionárias de limpeza, o que é "manifestamente insuficiente".

Esta não é a primeira vez que os elementos daquela unidade especial se queixam de sofrerem pressões, já que, há três anos, já tinha havido relatos de alegadas pressões para elementos do Corpo de Intervenção realizarem, durante o serviço, obras de construção civil, numa cave localizada nas instalações da UEP, sob pena de serem expulsos.

Para Paulo Rodrigues, a regulamentação agora imposta "agravou o sentimento de instabilidade e de desconforto" do grupo, contribuíndo para alimentar "o clima já negativo que havia", que é "muito mais evidente em Faro" do que nas subunidades localizadas em Lisboa e no Porto.

"Não tem que ser uma exigência, não é uma competência da polícia e até contradiz a própria ministra da Administração Interna quando diz que é precisar retirar pessoal das funções administrativas para reforçar o efectivo operacional", concluiu.

A Lusa tentou obter uma reacção por parte da direcção nacional da PSP e do comando de Faro da PSP, sem sucesso.

A força destacada da UEP de Faro possui quatro valências: Corpo de Intervenção, do Corpo de Segurança Pessoal, Centro de Inactivação de Engenhos Explosivos e de Segurança no Subsolo e do Grupo Operacional Cinotécnico.

Comentários
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  • Antonio Almeida
    08 jun, 2017 V.N. de Gaia 16:07
    TOMA LÁ E EMBRULHA
  • Pedro
    08 jun, 2017 Lx 14:57
    Aquele Sr. Sub-Comissário PSP de Guimarães afinal ainda pode ser util na Policia...
  • FERNANDO
    08 jun, 2017 PONTE 14:24
    TALVEZ FOSSE UMA FORMA DE PASSAR O TEMPO, EMBORA NÃO CONCORDE.
  • 08 jun, 2017 13:44
    É curioso.. para estar a secretária e receberem mais 400 euros que os administrativos a desempenhar as mesmas funções, já não tem escrúpulos de que não são competências da categoria
  • Saturnino sousa
    08 jun, 2017 Cascais 13:44
    Eu estou de acordo com a pessoa fazer isso , quando se gosta de trabalhar e também do asseio , faz se com prazer , não é sacrifício . . .isto não desvalorizando a função importantíssima dessa Polícia Bem Hajar
  • desatina carreira
    08 jun, 2017 queluz 13:44
    ate que enfim eles vao trabalhar ja nao era sem tempo
  • joao paulo
    08 jun, 2017 faro 13:42
    Se estão o dia todo sem fazer nada podem muito bem fazer os trabalhos de limpeza.
  • 08 jun, 2017 LX 13:42
    Não tem que ser uma exigência, não é uma competência da polícia e até contradiz a própria ministra da Administração Interna quando diz que é precisar retirar pessoal das funções administrativas para reforçar o efectivo operacional", concluiu.
  • Saturnino sousa
    08 jun, 2017 Cascais 13:40
    Eu estou de acordo com a pessoa fazer isso , quando se gosta de trabalhar e também do asseio , faz cr
  • Fernando Queiroz
    08 jun, 2017 Faro 13:26
    Porque não colocar "presos" devidamente escolhidos e sob vigilância apertada, a realizarem esses trabalhos que podiam ser extensivos a toda a cidade. Cidade limpa e integração na sociedade de seres humanos que necessitam de ser reabilitados.

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