06 jun, 2017 - 15:37
O Reino Unido está rendido ao mais improvável de heróis. Roy Larner estava a divertir-se com amigos num bar no Mercado de Borough quando os três terroristas que no sábado à noite espalharam o pânico em London Bridge e no mercado irromperam aos gritos.
“Por Alá” e “islão, islão” gritaram os jihadistas, gerando o caos, com todos os clientes do bar a procurar fugir. Todos menos um.
Roy Larner percebeu o que se estava a passar, mas decidiu enfrentar a ameaça. “Eu sou Millwall”, berrou, antes de se lançar aos terroristas com os punhos.
O Millwall, clube do sudeste de Londres, é conhecido no mundo do futebol por ter adeptos particularmente duros e violentos, cujo cântico emblemático é "Somos Millwall, ninguém gosta de nós, não queremos saber". Larner, que é descrito pela mãe como alguém que “nunca vira a cara a uma luta”, fez jus à essa reputação, mas neste caso o seu acto permitiu salvar muitas vidas.
Os terroristas ficaram de tal forma enfurecidos com a resistência que se concentraram apenas em Larner. Esfaquearam-no oito vezes, incluindo no pescoço, antes de ele se dar por vencido mas esses segundos preciosos permitiram a muitos outros clientes pôr-se longe da confusão.
Apesar dos múltiplos ataques, Roy Larner sobreviveu e já foi operado, estando agora a recuperar num hospital em Londres.
A sua história tornou-se conhecida e já foi apelidado o “Leão de London Bridge”, em referência ao símbolo do Millwall.