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Alerta da UNICEF. Há 100 mil crianças em risco em Mossul

05 jun, 2017 - 16:25 • André Rodrigues

Organização apela às forças envolvidas no conflito para que se abstenham de atacar infraestruturas civis essenciais, tanto mais que os hospitais têm sido os alvos mais visados.

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A organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta que há 100 mil crianças em risco na cidade iraquiana de Mossul, em consequência da escalada de violência entre as forças iraquianas e o autodenominado Estado Islâmico.

Em declarações à Renascença a partir do Iraque, Sharon Nogueira, funcionária da Unicef, descreve o cenário de violência extrema que as crianças de Mossul têm vivido nos últimos meses, sobretudo as que vivem na zona ocidental da cidade. Serão, pelo menos, 100 mil.

“A percentagem de crianças que estão a sair de Mossul Ocidental, neste momento, é de 55% em relação à população total, que é de 220 mil. Daí, nós pensarmos que o total de crianças nessa zona é de 100 mil. Só que é muito difícil saber um número ao certo, porque ninguém está a conseguir entrar. As Nações Unidas ainda não conseguiram entrar na zona onde está a ser travada a batalha por Mossul”, conta Sharon Nogueira.

"Temos informações de crianças que sofreram ferimentos de balas e explosões. Também sabemos que nesta área de Mossul Ocidental há muito pouca comida e quase nenhuma água potável. É o que ouvimos das por parte das famílias que têm conseguido sair."

Face à persistência da batalha pela tomada de Mossul, a Unicef apela às forças envolvidas no conflito para que se abstenham de atacar infraestruturas civis essenciais, tanto mais que os hospitais têm sido os alvos mais visados: "Há também indicação de que têm sido atacadas escolas, hospitais, que são infraestruturas civis que vão ser muito importantes depois da batalha. Por isso, estamos a pedir a todos para que tentem não atingir estas infraestruturas que vão ser essenciais para que Mossul possa ter uma vida normal no futuro.”

Comentários
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  • Antonio Leonel Costa
    05 jun, 2017 Belas 22:51
    Não tem de apelar a ninguém. Chamem barcos de passageiros e levem-nos para os EUA e entreguem-nos à CIA para os tratar como gente humana. Os outros Países não tem culpa pelos crimes dos EUA e da Inglaterra.
  • Zamot
    05 jun, 2017 Lisboa 21:27
    Bem, mas esses problemas têm que ser resolvidos na Região onde essas crianças estão inseridas, sobretudo taxando nos produtos petroliferos ! Nunca poderão ser outros povos a resolver esse problema, embora lamente a situação, cujos governantes locais não querem resolver !
  • Mario
    05 jun, 2017 Portugal 19:54
    Em vez de Alertas deviam era procederem com accoes e resolve-las pois para isso e que existem. Fazem sempre grande alarido mas solucoes nenhumas.

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