Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

CLima

Sequela de "Uma Verdade Inconveniente" vai abordar saída do Acordo de Paris

03 jun, 2017 - 10:03

"An Inconvenient Sequel: Truth to Power", chega às salas de cinema a 28 de Julho, mas o estúdio Paramount Pictures decidiu incluir referências ao anúncio feito na quinta-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

A+ / A-
Sequela de "Uma Verdade Inconveniente" vai abordar saída do Acordo de Paris
Sequela de "Uma Verdade Inconveniente" vai abordar saída do Acordo de Paris

A sequela do documentário "Uma Verdade Inconveniente", que aborda os perigos do aquecimento global e que tem como figura condutora o ex-vice-Presidente americano Al Gore, vai incluir a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. A informação foi avançada este sábado pela revista norte-americana "Variety".

A sequela, intitulada na versão original "An Inconvenient Sequel: Truth to Power", vai chegar às salas de cinema a 28 de Julho, mas o estúdio Paramount Pictures decidiu alterar o documentário para incluir elementos referentes ao anúncio que foi feito na quinta-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

"A montagem final vai abordar o que aconteceu", indicou Katie Martin, porta-voz do estúdio, em declarações à publicação americana.

O ex-vice-Presidente dos Estados Unidos Al Gore mantém-se como figura condutora deste documentário que vai relatar como o Acordo de Paris foi alcançado em Dezembro de 2015.

Para Gore, a decisão de Trump é "imprudente e indefensável", segundo referiu num comunicado. "Enfraquece a posição dos Estados Unidos no mundo e ameaça prejudicar a capacidade da humanidade de resolver a tempo a crise climática. Mas não há dúvidas: se o Presidente não liderar, então as pessoas irão fazê-lo", acrescentou.

Este novo documentário, realizado por Bonni Cohen e Jon Shenk, integrou uma nova secção do Festival de Sundance (maior festival de cinema independente norte-americano), intitulada The New Climate, dedicada à reflexão e à discussão sobre o meio ambiente.

A obra inclui intervenções de Trump, ainda como candidato à Casa Branca, nas quais graceja sobre as alterações climáticas e o aquecimento global.

Durante a campanha para as presidências norte-americanas, Donald Trump criticou duramente o Acordo de Paris e as alterações climáticas, um fenómeno que chegou a caracterizar como uma "invenção" dos chineses.

O documentário "Uma Verdade Inconveniente" ("An Inconvenient Truth" na versão original) foi realizado por Davis Guggenheim e, em 2007, venceu o Óscar de melhor documentário.

Trump anunciou na quinta-feira que os Estados Unidos iam abandonar o Acordo de Paris, justificando a decisão com a desvantagem que o acordo climático representa para o país.

Concluído em 12 de Dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o acordo entrou formalmente em vigor em 4 de Novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.

Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de Setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo.

O acordo histórico teve como "arquitectos" centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • joao
    03 jun, 2017 Lisboa 12:18
    Uma "verdade inconveniente" é que esse tal al Gore faz fortuna com o tal "ambiente" e nos tais "documentários" da treta para ganhar dinheiro não diz que o jato particular que usa para passeatas mundiais polui mais que muitas fábricas! Não é que a indústria seja boa! O tal obama é outro que tal, ganha 400 mil por uma "conferência" mediocre só por estar presente e vai comprar uma mansão de 8 milhões que gerou e gera muita poluição! Também é sabido que há máfias da reciclagem e dos lixos, que se fazem também falsos "amigos do ambiente" quando se estão nas tintas para o ambiente e querem é sacar milhões! Também se sabe que esses tais protocolos são umas farsas que ninguém cumpre! Os meios de comunicação a maioria de má qualidade de manipulados não contam toda a verdade! Se houvesse mesmo vontade de serem "amigos do ambiente", os desgovernantes, paises, industrias, os lobis do ambiente, etc já tinham tomado medidas a sério, como melhorar a qualidade de vida das populações, carros elétricos, bons transportes públicos, casas ambientais construidas como deve ser, onde as pessoas que pagam fortunas por elas se sentissem bem para serem amigas do ambiente, com bom isolamento sonoro e térmico, onde os moradores pudessem descansar em paz sem a agressão grave do ruído excessivo dos vizinhos sem civismo, mas isso era preciso a tal vontade política que não fossem corruptos, incluindo as câmaras municipais que licenciam os milhares de casas mal constuidas, barulhentas, sem isolamento!

Destaques V+