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​Governo abandona metro entre Coimbra e Lousã e opta por autocarros eléctricos

02 jun, 2017 - 07:24

Sistema de "metrobus" deve incluir uma frota de 43 autocarros eléctricos.

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O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, apresenta esta sexta-feira um estudo de mobilidade rodoviária entre Lousã e Coimbra para substituir o sistema de metro projectado há 21 anos pelo Estado e pelos municípios envolvidos.

O projecto de mobilidade para o ramal ferroviário da Lousã e a área urbana de Coimbra com que o Governo se comprometeu junto das autarquias envolvidas deverá custar 89,3 milhões de euros, disse uma fonte governamental à agência Lusa.

A fonte oficial adiantou que a "versão definitiva" do estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), avalizada pelo Governo e que suscitou o acordo dos presidentes das três câmaras envolvidas no processo, escolheu um modelo de autocarro "exclusivamente eléctrico", após o LNEC ter ponderado também a propulsão a gás natural comprimido e híbrida, que foram recusadas.

A proposta de investimento no denominado "sistema metrobus", que deverá incluir uma frota de 43 autocarros eléctricos, é apresentada durante a manhã de hoje, a partir das 9h30, em três sessões nas Câmaras de Lousã, Miranda do Corvo (10h45) e Coimbra (12h00).

Ao contrário do que era recomendado pela Assembleia da República, em diferentes resoluções aprovadas em Fevereiro, o estudo rejeita a reposição do comboio no Ramal da Lousã e abandona de vez a opção pelo metro ligeiro, assumida em 1996, com a criação da empresa pública Metro Mondego.

Apesar de o LNEC manter para o novo projecto a designação "Sistema de Mobilidade do Mondego", com a sigla SMM, adoptada em 2006 pelo primeiro Governo de José Sócrates, quando Mário Lino era ministro da tutela, é agora abandonada de todo qualquer solução de transporte sobre carris.

O movimento Lousã pelo Ramal marcou uma concentração de protesto junto à Câmara Municipal, às 9h00, antes da chegada do ministro Pedro Marques, na qual deverão participar subscritores de uma petição pela reposição do serviço público ferroviário, com mais de 8.000 assinaturas, entregue pelo jornal Trevim no Parlamento, em Março de 2016.

Comentários
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  • Kort
    02 jun, 2017 17:05
    Isto realmente é vergonhoso!Nos últimos 30 anos Coimbra tem sido enxovalhada pelos sucessivos governos por pura incompetência do poder local!Fico a espera de um movimento para não se votar nas assembleias de voto no distrito! É inaceitável que Lisboa e Porto continuem a apregoar mais estações de metro e pra Coimbra nunca há dinheiro para se fazer uma obra em condições!Basta!esta guerrilha por investimentos pra Lisboa e Porto, deixa o resto do país para as calendas Gregas! Os conimbricenses não se podem deixar levar com esta migalha para calar as bocas, é preciso ser firme com o protesto!Quando a Cidade precisa de uma revitalização na mobilidade, vem com isto "metrobus",mas o que é isto? O Sr. Machado só se importa com rotundas, quando realmente deveria fazer um plano em condições pra Cidade!Anda a fazer cócegas no trânsito, alterou o que de bem estava feito e agora é o que se vê, um caos!Desnivelamentos de estrada, já ouviu falar Sr. Machado?Era o que deveria fazer na casa do sal, portagem, Fernão Magalhães! É uma vergonha a incompetência do projecto na auto-industrial, não passam dois autocarros a contornar a porcaria de rotunda que lá anda a fazer!para quê uma rotunda daquele tamanho? É pra colocar lá a princesa da Noruega (que ninguém conhece)? Então e o convento de São Francisco só tem uma saída pra automóveis? Pois como o Sr. tem motorista isso não lhe causa transtorno! Abra os olhos...
  • PROPAGANDA XUXAS
    02 jun, 2017 Lx 10:00
    E nós a pensar que havia metro...tanto anúncio da propaganda e retórica socialista e tão pouca concretização...Chamem o "menino de oiro" do PS, o bandalho do Sócrates, que ele arranja um TGV de Norte a Sul com paragem no Largo do Rato...
  • da Silva
    02 jun, 2017 Lisboa 08:10
    É pá o metro é que era fixe tambem podia ser um TGV

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