26 mai, 2017 - 16:06 • Teresa Almeida
Metade dos jovens emigrantes não pensa regressar a Portugal e apenas 8,4% tem planos para voltar, conclui um inquérito da Fundação AEP divulgado esta sexta-feira.
Entre os inquiridos, o peso dos que pensam regressar, embora não o dêem como certo, é idêntico aos que afirmam que não equacionam voltar. Ou seja metade dos que foram não querem regressar a Portugal.
Da metade que pretende voltar, 31,4% dizem que, para já, é uma intenção e destes apenas 8,4% já tem planos para o fazer.
Um total de 68% não encaram esta hipótese no imediato, de acordo com o inquérito da Fundação AEP.
Pouco mais de 40% dizem que, a voltar, só farão daqui a mais de cinco anos e outros 27% adiam esta possibilidade para daqui a mais de três anos.
Dos que tencionam voltar, a grande maioria, mais de 70% apontou como razão principal para o fazer o “estar próximo da família e amigos”.
Mais de metade assinalou a oportunidade de carreira, como resposta para um possível regresso.
E é precisamente a carreira e os salários que são apontados como razões para não regressar.
Mais de metade dos inquiridos tem até 34 anos e a maioria emigrou depois de 2011, em plena crise económica.
Lá fora, 80% conseguiram um emprego e a grande maioria (60%) têm um contrato sem termo, situações que pesam, e muito, quando se fala sobre um eventual regresso a Portugal.
O inquérito veio confirmar também que os jovens emigrantes são altamente qualificados. 85% da população inquirida tem uma licenciatura de 4 ou 5 anos, mestrado ou doutoramento.
O maior grupo de respostas veio do Reino Unido, seguido pela Alemanha, França, Holanda e Suíça. Mas também chegaram respostas de mais 57 países.