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UGT quer aumentos de 2,5% para 2018

25 mai, 2017 - 18:11

José Abraão considera que os trabalhadores da administração pública "não aceitarão mais congelamentos de salários e mais degradação das suas remunerações", estimando que nos últimos dez anos estes trabalhadores perderam 20% dos seus rendimentos.

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A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), afecta à UGT, exige que os salários dos trabalhadores da administração pública sejam aumentados em 2,5% em 2018.

Este aumento nominal dos salários mas também das pensões foi aprovado por unanimidade na assembleia-geral da FESAP, que se realizou esta quinta-feira em Lisboa, e que juntou cerca de 30 sindicatos.

Em conferência de imprensa, após a reunião magna, o secretário-geral da FESAP, José Abraão, considerou que os trabalhadores da administração pública "não aceitarão mais congelamentos de salários e mais degradação das suas remunerações", estimando que nos últimos dez anos estes trabalhadores perderam 20% dos seus rendimentos.

Questionado sobre se há margem para negociar esta exigência com o Governo, José Abraão afirmou que a FESAP está sempre disponível para negociar, mas vincou a necessidade de haver um entendimento que pare a penalização que os funcionários públicos sofreram nos últimos anos.

O dirigente sindical vincou ainda a necessidade de o Governo descongelar carreiras, considerando que há "milhares de trabalhadores para progredir" e alguns "que nunca progrediram".

FESAP quer que diploma para integração dos precários do Estado evite nova precariedade

O secretário-geral FESAP diz que o diploma de reintegração dos precários da administração pública tem que conter medidas que evitem que o Estado possa criar mais precariedade de futuro.

O dirigente sindical afirmou que a federação que dirige espera que até 31 de Outubro seja aprovada a legislação de regularização de precários do Estado.

Contudo, acrescentou, é uma exigência da FESAP que "nesse diploma, além de resolver o problema de precários neste momento, tenha medidas que evitem precariedade futura".

José Abraão citou exemplos de precários que quer que sejam abrangidos por este processo, como trabalhadores do Alto Comissariado para as Migrações ou os que trabalham com fundos comunitários.

O secretário-geral desta federação de sindicatos apelou ainda a todos os trabalhadores que se consideram precários a requererem a avaliação do seu processo com vista à integração na administração pública.

Em Abril, o Governo enviou um projecto de portaria aos sindicatos no qual esclarece que o programa de regularização de precários será alargado a todas as carreiras da Função Pública, mesmo as que têm regras próprias de vinculação, ficando de fora apenas os professores, uma vez que estes se encontram abrangidos por um concurso de vinculação extraordinária.

O Governo estima que existam mais de 100 mil precários no Estado.

Este processo de regularização dos precários será acompanhado por comissões de avaliação bipartida (uma em cada ministério) com representantes dos ministros das Finanças e do Trabalho, outro do dirigente do serviço e ainda dos três sindicatos da Função Pública.

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