25 mai, 2017 - 14:56
O Presidente do Brasil, Michel Temer, revogou a decisão de enviar militares para as ruas para controlar ou impedir as manifestações que se têm sucedido ao longo dos últimos dias, pedindo a sua destituição ou demissão.
"O Presidente, considerando que foi restaurada a ordem, a tranquilidade, o respeito à vida e ao património público, decretou a suspensão da operação de garantia da lei e da ordem", declarou o ministro da Defesa, Raul Jungman.
Foi lançada uma investigação e os responsáveis pelos "actos de vandalismo e de bárbarie" vão responder em tribunal "por actos inaceitáveis e incompatíveis com o regime democrático", frisou o ministro.
Numa declaração à imprensa, Raul Jungman disse que o destacamento de militares foi justificado e foi tomada respeitando a Constituição do Brasil.
O jornal “A Folha de São Paulo” avança que foi a pressão da base aliada de Temer que o levou a recuar e diz que a ordem de revogação foi já publicada em edição especial do “Diário Oficial da União”.
O diário diz ainda que o Presidente foi avisado pelos seus aliados do desgaste que a utilização das Forças Armadas poderia causar à sua imagem, levando-o a desistir da ideia.
Os graves confrontos de ontem, em Brasília, tiveram início durante uma manifestação contra o plano de reformas do Presidente Temer.
Este foi o primeiro protesto violento desde a divulgação de uma gravação em que Michel Temer, alegadamente, autoriza um empresário a subornar e comprar o silêncio do antigo presidente da Câmara dos Deputados, que está preso por corrupção
Cerca de 50 pessoas ficaram feridas em resultado dos confrontos na manifestação de Brasília.
[notícia actualizada às 16h26]