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“Na margem de lá”. Uma peça para lembrar quem ficou esquecido

25 mai, 2017 - 10:53

Até domingo, histórias anónimas de lamento sobem ao palco do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.

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Estreia esta quinta-feira à noite a peça “Na margem de lá – Um lamento”, que reflecte sobre o problema das migrações e dos refugiados.

Em palco, nove actores – entre eles Catarina Wallenstein, Gonçalo Silva e Andreia Bento – falam da sensação de perda e daqueles que morrem na longa travessia do Mediterrâneo.

“Há aqueles que ficaram esquecidos, os que ficaram pelo caminho, os que nem chegaram a partir, os que perderam os filhos, os que tiveram de abandonar os filhos… e é isso que queremos lembrar, impotentes. Porque a Europa estamos impotentes”, afirma o encenador Jorge Silva Melo à Renascença.

O texto da peça foi escrito à vista desarmada, perante o olhar de uma plateia que durante dias assistiu a um seminário de Jorge Silva Melo sobre a escrita de teatro.

Daí, e a partir do clássico “A Eneida”, do poeta Virgílio, que inspirou a ópera “Dido e Eneias” de Purcell, surgiu uma peça que reflecte o tema actual dos fluxos migratórios.

“Na margem de lá – um lamento” está em cena na sala estúdio do D. Maria II até dia 28, domingo, à tarde.

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