25 mai, 2017 - 12:49
A possibilidade do Sporting ir de novo a eleições, se terminar a próxima época futebolística sem o título de campeão nacional, é uma ideia que pode gerar um clima de "pressão" extra e desnecessária entre "plantel e adeptos" e que pode levar a uma "desestabilização" do grupo que irá estar às ordens de Jorge Jesus.
Para Carlos Barbosa da Cruz, este tipo de "posições radicais não ajudam" à necessária tranquilidade dentro de um clube de futebol e em particular "à estabilidade e ao empenho" com que os leões se comprometem atacar a próxima temporada.
O antigo dirigente dos leões, em Bola Branca, fala dos "estados de alma passageiros" do presidente do Sporting, mas que "não levam a nada". Acima de tudo, Barbosa da Cruz "fica contente" pelo encerramento da página do Facebook do líder leonino e formula um desejo: "Espero que a tolerância zero comece por ele próprio".
Saída de alguns jogadores relacionada com problemas financeiros
Bruno de Carvalho afirmou, recentemente, que a saída de alguns dos principais jogadores do plantel profissional só aconteceria em caso de propostas a que chamou "indecentes". Afinal, a intenção parece ter sido trocada por uma abordagem mais moderada e que pode levar a que William, Adrien, Gelson ou qualquer outro saiam por valores abaixo da cláusula de rescisão.
Carlos Barbosa da Cruz explica esta alteração de intenção com "os apertos financeiros" e os "juros das dívidas por pagar".
"O Sporting estará muito dependente do dinheiro que virá da Champions. Toda a política de vendas e contratações estarão dependentes do Sporting aceder ou não à fase de grupos. O desfecho do ponto de vista financeiro não é brilhante e tem um impacto imediato nas contas do Sporting", acrescentou o ex-dirigente.
Críticas a Jorge Jesus
Barbosa da Cruz não gostou de ouvir o treinador dos leões afirmar que para lutar pelo título de campeão nacional, na próxima temporada, a aposta na formação não chegava.
Em resposta, além de considerar "infelizes" as declarações do treinador leonino, recorda que esta temporada o clube "esbanjou" dinheiro em contratações "erradas e precipitadas". Espera, por isso, que as próximas sejam mais "ponderadas e reflectidas", para que sejam evitadas aquisições que "não acrescentaram absolutamente nada".
Demissão de Vicente de Moura
A terminar, o antigo dirigente, considera que a saída do vice-presidente para as modalidades se deve à forma como este encarou as críticas lançadas por Bruno de Carvalho no Facebook.
Carlos Barbosa da Cruz considera que "a longa lista de recriminações" foi "muito agressiva" e suficientemente justificativa para o abandono de Vicente de Moura.