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Reino Unido em alerta máximo. "Um novo ataque pode estar iminente"

23 mai, 2017 - 21:43

Vão ser destacados militares para ajudar a polícia nas operações de patrulhamento, anunciou a primeira-ministra. Theresa May admite que pode haver à solta mais suspeitos do atentado de Manchester.

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O Reino Unido está a partir de agora no nível máximo de alerta terrorista. Numa declaração ao país, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirma que "um novo ataque pode estar iminente".

A decisão foi anunciada depois de uma reunião do gabinete de segurança COBRA, na sequência do ataque da última noite na Arena de Manchester, que provocou 22 mortos e 64 feridos.

O nível de ameaça contra o Reino Unido aumenta de "grave" para "crítico" - o mais elevado.

Só por duas vezes o nível máximo tinha sido accionado: a primeira foi em 2006, quando foram descobertos planos para fazer explodir aviões comerciais, e a segunda aconteceu um ano depois quando foram desvendados planos para atacar um clube nocturno de Londres.

Militares nas ruas do Reino Unido

Theresa May anunciou que vão ser destacados militares para ajudar a polícia nas operações de segurança em locais considerados críticos, como o Parlamento ou terminais de transportes.

Nesta "Operação Tempura", as forças armadas também poderão ser destacadas para acontecimentos públicos, como concertos ou eventos desportivos.

"Isso significa que os policias armados responsáveis por tarefas como a protecção de locais-chave serão substituídos por membros das forças armadas, o que permitirá que a polícia aumente significativamente o número de agentes armados em patrulha em locais-chave. Também poderemos ver militares destacados para certos eventos, como concertos e jogos desportivos, ajudando a polícia a manter a segurança da população", explicou Theresa May.

Cerca de cinco mil soldados poderão ser envolvidos nestas operações, numa altura em que a Inglaterra está em contagem decrescente para as eleições de 8 de Junho.

Para este sábado está também marcada a final da Taça de Inglaterra em futebol, no estádio de Wembley, em Londres. Dezenas de milhares de adeptos são esperados para assistir ao Arsenal - Chelsea.

Pode haver mais envolvidos no ataque de Manchester

É possível que "um grupo maior de indivíduos" seja responsável pelo ataque bombista no final de um concerto de Ariana Grande, na Arena Manchester, disse a primeira-ministro britânica.

A existência de uma alegada célula terrorista é outra das justificações para o reforço de segurança anunciado esta terça-feira à noite.

O autor do atentado suicida foi identificado como Salman Abedi. Filho de pais líbios, nasceu em Manchester há 22 anos. Um homem foi detido por suspeita de envolvimento no ataque.

Esta terça-feira, milhares de pessoas marcaram presença numa vígilia, no centro de Manchester, em memória das vítimsa do atentado.

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O que sabemos sobre o ataque terrorista em Manchester

Pelo menos 22 pessoas morreram e 64 ficaram feridas em resultado de um atentado à entrada da Manchester Arena, no Norte de Inglaterra.

A polícia não revela as idades das vítimas, mas informa que há crianças entre os mortos.

A explosão aconteceu pelas 22h30, à entrada do pavilhão, no final do concerto de Ariana Grande.

Um bombista suicida, identificado como sendo Salman Abedi, detonou um dispositivo artesanal.

O atentado foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. Um homem de 23 anos foi detido esta terça-feira

Milhares de pessoas assistiam ao concerto na Arena de Manchester, recinto com capacidade para 21 mil espectadores.

Não há, até ao momento, registo de portugueses entre as vítimas.

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  • Casemiro Azevedo
    24 mai, 2017 Lisboa 08:21
    Resultados das políticas da Merkel

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