18 mai, 2017 - 20:13
O Presidente do Brasil, Michel Temer, garante que não abandona a presidência do Brasil. "Não renunciarei. Repito, não renunciarei".
"Sei o que fiz e sei da correcção dos meus actos Exijo investigação plena e muito rápida", disse, numa curta declaração ao país no Palácio do Planalto .
Temer garante que "em nenhum momento" autorizou que pagassem dinheiro a quem quer que fosse para ficar calado. "Não comprei o silêncio de ninguém". O chefe de estado brasileiro diz não temer "nenhuma delação" até por não ter "nada a esconder".
"Esta situação de dúvida não pode persistir por muito tempo. Se foram rápidas nas gravações clandestinas não podem tardar nas investigações", acrescentou.
O caso ganhou novos contornos quando Joesley Batista, um dos proprietários do grupo J&F, que tem negócios na banca e nos sectores alimentar, pecuária, do papel e da televisão, gravou uma conversa com Temer, alegadamente ocorrida no dia 7 de Março. O empresário disse ao chefe de Estado brasileiro que estava a dar ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador financeiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão para que ambos ficassem calados. Segundo o jornal “Globo”, Michel Temer terá respondido: "Tem que manter isso, viu".
O Supremo Tribunal Federal do Brasil autorizou a abertura de um inquérito ao Presidente Michel Temer, avançou esta quinta-feira a TV Globo. O pedido terá sido feito pela Procuradoria-Geral da República.
O Presidente brasileiro confirmou nesta declaração que ouviu a tal gravação que está a ser investigada. "Ouvi, realmente, o relato de um empresário que por ter relações de um ex-deputado [Eduardo Cunha] auxiliava a família dele, mas não solicitei que isto acontecesse e só tive acesso a este facto nesta conversa".
Antes de responder ao "caso" da gravação, Temer teve ainda tempo de elogiar o seu Governo, garantindo que estava a conseguir bons resultados económicos.