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​Galeristas com grande expectativa para ARCOlisboa 2017

18 mai, 2017 - 06:27 • Maria João Costa

A Feira Internacional de Arte Contemporânea conta com a presença de 58 galerias, de 13 países, 23 das quais são portuguesas.

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O som do aspirador mostra que a abertura de portas está para breve. Ultimam-se os últimos pormenores, limpa-se o chão. Na Cordoaria Nacional 58 galerias preparam-se para receber o público da segunda edição da ARCOlisboa. De quinta-feira a domingo coleccionadores e curiosos de arte vão poder ver e comprar centenas de trabalhos de artistas portugueses e estrangeiros.

Ainda antes da ARCOlisboa abrir portas há já muitas aquisições apalavradas. E embora o segredo seja a alma do negócio, na Galeria João Esteves de Oliveira, o galerista já prepara o autocolante em forma de “bolinha azul” para marcar obras reservadas. Aqui as atenções viram-se para os desenhos de Júlio Pomar que este galerista com porta aberta há 15 anos na Rua Ivens em Lisboa tem exposto no seu stand. “São conversas tidas antes da feira” explica-nos João Esteves de Oliveira que está orgulhoso de mostrar também trabalhos de Adriana Molder, Miguel Branco entre outros artistas.

Mais à frente, vinda de Ponta Delgada no Açores está a Galeria Fonseca Macedo. A galerista Fátima Mota que já no ano passado participou na primeira edição da ARCOlisboa mostra trabalhos de artistas como Vasco Barata ou Sandra Rocha (dos Açores). Esta profissional de arte também já fez “contactos” com alguns dos seus clientes. Fátima Mota revela “grande expectativa” quando à feira de Lisboa até porque sublinha, “a sociedade portuguesa está cada vez mais segura de si”. “Estamos a melhorar em termos económicos” diz esta açoriana que espera o “reflexo” disso nas aquisições.

Na visita ao recinto encontramos também a Galeria Múrias Centeno com porta aberta nas cidades de Lisboa e do Porto. Bruno Múrias destaca o esforço das galerias e o profissionalismo da organização da ARCO mas sublinha o momento “super positivo que Portugal está a atravessar” pode ajudar às vendas. São muitos os profissionais que esperam que a ARCOlisboa tenha vindo para ficar. O director Carlos Urroz confirma, em entrevista à Renascença, essa vontade de perpetuar este projecto de internacionalização da feira que começou em Madrid. Este responsável ri-se quando lhe perguntamos se confirma que já pôs toda a equipa a aprender português. Carlos Urroz diz “estamos a ter aulas de português, sim!”

Um dos galeristas que tem a vida facilitada no contacto com o público é Eduardo Brandão. Representa uma das galerias brasileiras na ARCO lisboa. Veio de São Paulo com a Vermelho e diz que esta segunda edição apresenta “óptimas obras”. Para ele este é “um óptimo sinal quando os galeristas trazem boas peças.” Ao seu lado está a galerista Vera Cortês, que apresenta no seu stand três obras inéditas em escultura, pintura e desenho de José Pedro Croft, o artista que representa Portugal este ano na Bienal de Veneza. Vera Cortês também participou na primeira edição da ARCOlisboa. Para este ano confessa que as expectativas são ainda maiores porque “há muito boas obras e os stands estão muito bem” Esta galerista identifica uma edição mais madura e destaca a nova secção “Openning” com a curadoria de João Laios onde se apresentam trabalhos de oito galerias mais novas, com menos de sete anos de vida. Para Vera Cortês, o facto de a IFEMA ter 35 anos de experiência na organização da feira ARCOmadrid faz com que a qualidade "seja muito alta".

A edição de 2017 contará ainda com representação de galerias de Lisboa, como Cristina Guerra e a Pedro Cera, e do Porto, a Quadrado Azul, Fernando Santos ou Pedro Oliveira. De Braga chega a Mário Sequeira. Do estrangeiro estarão representadas, entre outras, galerias como Elba Benítez, Juana de Aizpuru, Giorgio Persano, Vermelho, Monitor e Zak Branicka.

Do programa fazem ainda parte debates no âmbito do Fórum aberto ao público sobre a actualidade criativa e o mercado da arte, com quatro palestras por críticos e coleccionadores, que terão lugar no auditório da Casa da América Latina. A ARCOlisboa 2017 abrirá as portas ao público de quinta-feira a domingo, das 12h00 às 20h00, excepto no último dia, que encerra às 18h00.

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