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Governo preocupado. Número de incêndios sobe de 888 para quase 5 mil em 2017

17 mai, 2017 - 15:09

Este ano, a área ardida situa-se nos 13.530 hectares, enquanto no mesmo período de 2016 existiam 1.203 hectares de florestas consumida pelas chamas.

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Os incêndios florestais consumiram este ano 13.530 hectares, uma área ardida dez vezes superior ao mesmo período de 2016, segundo números avançados esta quarta-feira pelo secretário de Estado da Administração Interna no Parlamento.

Na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, onde esteve a apresentar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2017, Jorge Gomes adiantou que os fogos também aumentaram entre Janeiro e Maio deste ano, tendo deflagrado, até ao momento, 4.839, mais 3.951 do que no mesmo período de 2016, quando se registaram 888.

Este ano, a área ardida situa-se nos 13.530 hectares, enquanto no mesmo período de 2016 existiam 1.203 hectares de florestas consumida pelas chamas.

Segundo o secretário de Estado, dos 13.530 hectares de área ardida, 4.000 dizem respeito a floresta.

Sublinhando que esta situação "suscita preocupação", Jorge Gomes referiu que o mês de Abril desde ano foi o quinto mais quente desde 1945, o índice da severidade meteorológica aumentou e cerca de 75% do território português está em seca moderada.

"Não estou a atribuir a responsabilidade à seca, o que ardeu é uma área preocupante", disse o secretário de Estado, reiterando confiança na capacidade de resposta do dispositivo.

Os dados divulgados no parlamento mostram também que Vila Real e Braga tiveram o maior número de ocorrência de incêndios e de área ardida este ano.

Entre Janeiro e Maio deflagraram 19 grandes incêndios, aqueles que tiveram uma área ardida igual ou superior a 100 hectares, e 57% dos fogos tiveram "origem humana", nomeadamente em queimadas e caça, disse também, na comissão parlamentar, o comandante nacional de operações de socorro, Rui Esteves.

Comentários
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  • mendes
    17 mai, 2017 braga 19:00
    nao podemos condenar o governo temos e que condenar todos os politicos que ja deviam ter alterado as leis e em vez de gastar dinheiro em avioes criem guardas florestais com treino e ordem para atirar a matar nos incendiarios como ja alguem aqui comentou eu confirmo no tempo do salazar nao havia incendios eu nasci e cresci numa aldeia fiz centenas de fogueiras na serra e nunca criei nenhum incendio nesse tempo nao havia la estrada nao havia bombeiros nao havia incendios mas havia escola primaria agora ha estrada ha bombeiros ha incendios e nao ha escola
  • Nuno
    17 mai, 2017 V.N.Gaia 18:13
    Sou do tempo em que os comboios andavam a carvão. a 1ª vez que foi á capital ainda foi num desses, portanto já vivi o suficiente para perceber duas coisas,1º nunca se gastou tanto em recursos técnicos e humanos como todos estes anos e cada vez há mais fogos,2º a nossa floresta de então era 4 vezes superior e não havia tantos e tão grandes incêndios como agora (tirando o fogo na década de 60 na serra de Sintra onde infelizmente houve várias vitimas) de tudo isto e muito mais que poderia dizer tiro as seguintes conclusões; 1º deve e há de certeza muita gente a ganhar dinheiro com isto,2º e quanto a mim o que mais me preocupa e devia preocupar os nossos responsáveis é: o terrorismo, não será também estes incêndios actos de terrorismo? o que tem acontecido aos incendiários que têm sido apanhados? Há que por gente dos serviços secretos e outros a averiguarem as verdadeiras causas destes, agora não me venham com desculpas esfarrapas.
  • 17 mai, 2017 17:42
    O negócio paraece ir de vento em poupa este ano.
  • JR
    17 mai, 2017 Lisboa, Puto 17:00
    Não estão muito preocupados. Até dizem na comunicação social. Começou a época dos incêndios. Já podem começar a incendiar. Os helicópteros estão prontos para os incêndios de 2018. Grande negócio.
  • João
    17 mai, 2017 Lisboa 16:49
    Basta pensar quem é que ganha com isto, para além dos bombeiros voluntários (que não percebo a razão da palavra voluntários). com o devido respeito de uma grande parte dos bombeiros que realmente estão lá como voluntário e com boa fé na profissão!
  • José Correia
    17 mai, 2017 LISBOA 16:47
    Temos mais uma noticia que se pode considerar no âmbito das anedotas. O Governo está preocupado! Será que o Governo não conhece medidas preventivas para evitar que deem fogo às florestas? Não ficaria mais barato ao País? É claro que isto dá de ganhar a muita gente que naturalmente lhes faz muito jeito, mas e as arvores? Quanto tempo precisamos para ter um pinheiro, uma azinheira ou até mesmo um eucalipto. Os defensores da natureza não dizem nada. Quando um incendiário deita fogo a uma floresta quantas árvores morrem? Isto não é uma desgraça? Enfim..., é politicamente correto dizer que estamos preocupados e que, se calhar, contratamos mais meios para apagar os fogos ateados por "loucos". Em vez de termos factos consumados (florestas a arder), não seria preferível vigilância para que não ocorressem esses incêndios? Talvez assim, logo que surgisse qualquer indicio de incêndio estivessem os meios preparados para os debelar rapidamente. Isto que aqui refiro julgo que é do conhecimento de todos nós..., mas parece não haver remédio. Temos sol que é bom para veranear e que é agradável para todos, até nos dá vitamina D, mas, em contrapartida, incendeia as florestas... Tenho dito.
  • Orca
    17 mai, 2017 Faro 16:42
    Bem, houve um estudo da Universidade de Coimbra que concluiu que em mais de 80% dos casos a causa não é apurada. Mas este governo já encontrou a causa! São os prprietários, afinal tudo serve para nos ir ao bolso e a maior parte da população acredita... Só digo uma coisa, e é triste, no tempo do Salazar não havia incendios assim. Em portugal não vale a pena ter nada....
  • João
    17 mai, 2017 Lisboa 16:39
    Existem afirmações e acções que não dá para perceber...Então o Sr. Secretário de Estado do MAI, que faz de Presidente da ANPC, CONAC, CODIS e COS...não tem a situação controlada? Com tanta promessa, com tanta alteração à estrutura, com a introdução de novos agentes para o terreno, não tem certeza de que tenha a capacidade necessária para lidar com a situação! Pois bem...é diferente proferir discursos redondos, por um lado, acutilantes, por outro, mas o terreno demonstra que o que está por fazer é muito! Afinal, tanta alteração, para ficar tudo na mesma e...nada melhor que...antes que corra mal (e vai correr) dizer que isto já está difícil. Esperamos e desejamos ver todos os agentes no terreno, na vigilância e ataque inicial (FEB, GIPS, Exercito, Sapadores Florestais), e que, quando não conseguirem controlar a situação, não venham chamar os Bombeiros! É que, nos discursos que ouvi, nas leituras que fiz, o Sr. SE do MAI, afirmou(a), que os Bombeiros Portugueses não têm de estar preocupados com os incêndios, pois foi tudo tratado com tempo e existem outras forças...A bem da verdade, até à data, em todos os incêndios que se registaram só vi Bombeiros...E querem ver que no final da época de incêndios, os Bombeiros Portugueses, é que vão ser o "bode expiatório" de toda a desgraça que já está prevista e à vista de todos!! E depois? Descredibilizamos os Bombeiros Portugueses e damos protagonismo aos outros...Vamos ver o que diz a nova Lei Orgânica da ANPC em Novembro!!
  • António Cunha
    17 mai, 2017 Setúbal 16:33
    Os madeireiros, perdão, os incendiários e alguns bombeiros, perdão, alguns dos coniventes interessam-lhes as florestas ardidas, por questões, obviamente, económicas. Os políticos e ex-políticos, perdão, os donos das empresas de combates aos incêndios interessam-lhes, também, ter muitos fogos para apagar... Os incêndios em Portugal são um imenso negócio. Veja-se, por exemplo, os distritos de Coimbra, Viseu, Vila Real, e outros nas regiões centro e centro-norte onde se promove a plantação de árvores não autóctenes, como o eucalipto - a madeirinha queimada ainda dá mais lucro. Assim temos um país que promove o futebol, fátima e os incêndios. É uma festa todo o ano! Os governos continuam inoperantes. A coligação de direita matou o organismo que tutelava as florestas e, com isso, deixou de existir o guarda florestal. Tão conveniente...
  • Marquês de Púbol
    17 mai, 2017 Aveiro 16:24
    Que admiração! Os incêndios aumentam ou diminuem em proporção do dinheiro disponível. Este ano, até os coordenadores vão ter um helicóptero para organização do chamado teatro de operações. Se calhar para o ano, já são precisos dois, etc. etc. Porque será que ninguém pede uma reorganização das cooperações de bombeiros do País? Há Concelhos com meia dúzia de almas com 3 e 4 quarteis de bombeiros! Como dizia o outro... é só fazer as contas.

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