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Professores penduram bengalas para exigir regime especial de aposentações

17 mai, 2017 - 13:49

“Sem educação, a geringonça funciona a carvão”, lia-se num cartaz envergado por um professor na concentração frente ao Ministério.

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Professores penduraram bengalas nas árvores em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, onde entregaram cerca de 12.000 postais a exigir um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalização.

“Queremos a aposentação muito antes do caixão”, voltaram a gritar os docentes concentrados na avenida 5 de Outubro, numa iniciativa promovida pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Dezenas de dirigentes e delegados sindicais defenderam que a medida permitiria dar emprego aos docentes mais jovens e proporcionar um fim de carreira digno aos mais velhos.

“Os alunos também merecem ter professores mais novos”, disse aos jornalistas no local o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.

Os sindicatos da Fenprof cumprem esta quarta-feira uma jornada de luta que os levará durante a tarde à Assembleia da República, onde assistirão à discussão de uma petição promovida pela estrutura sindical que recolheu mais de 20.000 assinaturas em defesa de melhores condições de trabalho e aposentação.

“Sem educação, a geringonça funciona a carvão”, lia-se num cartaz envergado por um professor na concentração frente ao Ministério, onde foi instalado um marco de correio para assinalar a entrega dos postais.

A realização de uma greve em Junho, época de exames, continua a ser admitida pela Fenprof, caso não haja resposta da tutela aos pedidos de negociação desta e de outras matérias.

Segundo Mário Nogueira, está nas mãos do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, evitar uma greve neste “período sensível”.

“A nossa abertura é completa [para negociar], mas do outro lado só tem havido silêncio”, lamentou.

A Fenprof, tal como outras estruturas sindicais, tem insistido na necessidade de descongelamento das carreiras em Janeiro e de serem realizados novos concursos de vinculação aos quadros para professores contratados.

Comentários
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  • os direitolas
    17 mai, 2017 port 17:29
    que antes criticavam e caluniavam o Nogueira agora, até pedem que ele se manifeste muito mais!...Até onde vai a hipocrisia da direita!
  • isidoro foito
    17 mai, 2017 elvas 15:32
    estes senhores do sindicato não deviam receber ordenado do estado , porque eles não fazem nada em prol do estado , eles só trabalham para a maquina comunista e como os sindicatos têm os seus sócios que pagam as cotas seria desse dinheiro que os sindicalistas deveriam receber o vencimento e refiro-me a todos os sindicatos , pois também já fui sindicalizado e pagava na altura 1000 escudos por mês . Quanto a esse senhor Mario Nogueira não passa de um comunista ordinário que não merece a agua que bébe, está a precisar que alguém lhe aperte as orelhas para esta gentalha que me perdoem a ageneira , mas fazia falta a PIDE
  • jams
    17 mai, 2017 lisboa 14:26
    Os professores também merecem um sindicalista mais novo, este também já está desatualizado. Porque se querem reformar mais cedo que as outras profissões? Para terem mais tempo para dar explicações ou mais tempo para andar em excursões?
  • Teresa
    17 mai, 2017 14:18
    Mas afinal a idade não beneficia o professorado em termos de aptidões e competências? É que ser professor não é o mesmo que carregar baldes de massa e quem os carrega tem de trabalhar até aos 66 anos e 3 meses. As exigências destes senhores são de tal modo exorbitantes que nem sequer pedem 40 anos de serviço , é logo 36 anos para a reforma!!! Haja respeito pelos outros que trabalham!

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