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​Edward veio da Tanzânia. “Cheguei a Fátima e senti paz no coração"

12 mai, 2017 - 12:32 • Ricardo Vieira

Edward Masika fez milhares de quilómetros por ar e terra para ir a Fátima pedir o fim das guerras no mundo.

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Em frente à Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, um grupo de peregrinos da Tanzânia descansa antes da chegada do Papa para as cerimónias do centenário das aparições e para a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta. Distinguem-se entre a multidão pelos gorros e cachecóis que vestem com as cores azul, verde, amarelo e preto da bandeira do seu país.

Edward Masika explicou à Renascença o que o levou a percorrer milhares de quilómetros até Fátima.

O que o trouxe a Fátima?

Vimos cá como peregrinos para ver o que aconteceu aos três pastorinhos, Jacinta, Lúcia e Francisco.

Na vossa cidade a devoção por Fátima é forte?

Sim, é forte.

O que sabe sobre aparições de Nossa Senhora?

Há cem anos a Virgem Maria apareceu a três crianças. De repente, Jacinta, Lúcia e Francisco viram um milagre a acontecer e ficaram surpreendidos com o que se estava a passar.

Quantos milhas viajaram para chegar a Portugal?

Não sei quantos milhas foram ao certo, mas demorámos 13 horas a cá chegar de avião. Partimos da Tanzânia, fizemos escala em Istambul e depois seguimos para Lisboa, em Portugal.

Há quanto tempo estavam a preparar esta peregrinação a Fátima?

Demorámos cerca de um mês a preparar a viagem. Estamos alojados num hotel a uma hora de carro de Fátima. Cada um de nós pagou cerca de 3.000 dólares pela viagem. Está a valer a pena, estamos no local onde aconteceu o milagre e há esperança de que nossas necessidades e os nossos problemas sejam resolvidos pela intercessão dos três pastorinhos.

Qual foi o sentimento ao chegar ao Santuário?

Todos sentimos que estávamos numa atmosfera diferente. Sentimos uma calma e uma paz, e também que este local é sagrado. Senti isso no meu coração, senti alegria.

Já foram à Capelinha das Aparições?

Já estivemos na parte de fora da capela e vimos as pessoas a celebrar a missa e foi muito tranquilo e bonito.

É a primeira vez que vai ver o Papa?

Nunca vi o Papa Francisco, mas vi João Paulo II. Ele foi ao nosso país na década de 90. Celebrou uma missa no nosso país e eu estava lá.

Como vai ser quando o Papa Francisco entrar aqui no Santuário de Fátima?

Acho que ele vai ser muito muito fraterno com as pessoas que aqui estão porque ele é uma pessoa dinâmica e vai trazer a esperança, outra vez, à cultura católica.

Vai fazer algum pedido especial a Nossa Senhora de Fátima?

O mais importante é paz no mundo, porque as coisas estão a mudar, há lutas aqui e ali, as pessoas estão morrer em vários países por causa da guerra. Isto é perigoso para a raça humana.

E como estão as coisas na Tanzânia?

Estamos bem, somos um país pacífico. Desde a independência não temos sofrido com as guerras. Os portugueses estão todos convidados a visitar a Tanzânia, somos muito pacíficos.

E a comunidade cristã?

A fé é forte e continua a ser construída todos os dias.

Já visitaram outros locais de culto espalhados pelo mundo?

Já fomos a Israel. Mas aqui também é muito bom, as pessoas são muito acolhedoras e ajudam. Temos visto muitas pessoas de países diferentes, línguas diferentes. Estamos a ter muitos experiências.

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