Operação Marquês. Advogados de Sócrates lamentam “violações do segredo de justiça” e “notícias falsas"

10 mai, 2017 - 00:50

João Araújo e Pedro Delile insistem que o caso já devia estar arquivado.

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José Sócrates e os advogados João Araújo e Pedro Delile. Foto: RR/Elsa Araújo Rodrigues (arquivo)

Os advogados de José Sócrates reafirmam críticas às “sucessivas violações do segredo de justiça” do processo conhecido como “operação Marquês”.

Em comunicado enviado à Renascença, João Araújo e Pedro Delile criticam, nomeadamente a notícia do “Correio da Manhã a propósito de depoimento testemunhal que foi prestado pelo banqueiro José Maria Ricciardi”.

Dizem os defensores de Sócrates que esta é uma “notícia falsa sobre o conteúdo de peças processuais ainda não acessíveis à defesa, publicada apenas para ficcionar fundamentos para as teses e especulações absurdas e sem qualquer justificação séria da investigação, e para manter viva a campanha de calúnias contra o nosso constituinte”.

Os advogados do ex-primeiro-ministro vão mais longe e consideram que essa campanha de calúnias “tem sido escandalosamente permitida, senão mesmo promovida, pelos responsáveis por este processo”.

João Araújo e Pedro Delile reafirmam que “o Ministério Público” “deveria” arquivar o inquérito.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) não fixou qualquer data para a conclusão do inquérito e emissão de despacho final da Operação Marquês, tendo apenas sido prorrogado o prazo.

O esclarecimento da PGR surgiu após Joana Marques Vidal ter anunciado, num comunicado, que decidiu prolongar o prazo de investigação da ‘Operação Marquês’ a pedido dos procuradores do processo, que solicitaram um prolongamento até final de Junho.

Os procuradores da ‘Operação Marquês’ justificam o adiamento da conclusão do inquérito com a necessidade de aprofundar a investigação ligada à PT, realizar novas diligências e com atrasos de Angola e Suíça na resposta a cartas rogatórias, segundo a nota divulgada na sexta-feira pela PGR.

Os procuradores fundamentam ainda o pedido com a insuficiência dos relatórios de análise de prova, apresentados pelo órgão de polícia criminal, em relação a alguns segmentos, adiantando que o Ministério Público precisa de realizar pesquisas na totalidade do acervo de prova.

A ‘Operação Marquês’, que investiga crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, recebimento indevido de vantagem, falsificação e tráfico de influência, foi tornada pública pelo Ministério Público em Novembro de 2014 e conta agora com 28 arguidos, dos quais nove empresas.

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eleitor
10 mai, 2017 aveiro 19:36
Vão ver.....!.... Depois de se ter resolvido , isto dará um livro e depois um filme e talvez uma peça de teatro !
Para refletir...
10 mai, 2017 Almada 11:46
Eu pergunto se isto acontecesse com o cidadão comum, se os media também lhe davam tempo de antena ou era ignorado como uma coisa? Proteger os mais fracos é um sinal da civilização. Depois seria bom que os media esclarecessem as pessoas em vez de lançar a confusão e passar a imagem de um país sem lei. Vão consultar os livros de direito e digam qual o prazo para a investigação ou se afinal não há prazo, simples! Depois parece que alguns comentadores gostam tanto de dinheiro como os que eles criticam.
PINÓQUIO DE OIRO PS
10 mai, 2017 Lx 09:38
Os pantomineiros destes advogados a fazer mal o seu papel. Nesse processo onde está metido até ao tutano o "menino de oiro do PS", o 44, o bandalho do Sócrates e outras figuras gradas do regime podre criado pós 25 abril, os jornais são assistentes no processo e têm, por isso, acesso a tudo o que passa no processo. Por outro lado, o Pinócrates sempre quiz fazer do processo um processo político para ter tempo de antena nos jornais e televisões e ainda existem muitos que lhe dão palmadinhas nas costas.Por isso, o mentiroso compulsivo do Sócrates que não se queixe pois colocou-se muito a jeito... A questão dos prazos do inquérito é outro embuste dos advogados do 44...Fait divers apenas de quem pensava que era o dono deste síto mal frequentado... O importante seria perceber quem paga a estes advogados e as despesas do processo pois o menino de oiro não tem emprego... Isso seria uma boa notícia pois deve haver muita gente dos xuxas com o rabo preso.Mas a verdade é como o azeite...
Antonio Ferreira
10 mai, 2017 Porto 02:49
Os senhores advogados deviam ter vergonha do papel que fazem, na comunicação social, com estes comentários. Aliás, acompanhando o processo de Lula da Silva, no Brasil, é como se fosse uma fotocópia deste processo. Os advogados parecem os mesmos, tal como os arguidos, usando os mesmos processos de intervenção pública. A única diferença é que o Lula da Silva , ainda consegue dar ordens no PT para movimentar as massas, qual sindicalista em plena forma. Aqui isso já não pega ! São pouco mais de uma centena os que ousam sair em defesa, porque o povo aqui não é parvo e está farto de corrupção. No Brasil a Petrobrás ! Em Portugal a PT ! Duas empresas, de referência, que foram destruídas, sem dó nem piedade por governantes que deviam defender o património nacional. Uma vergonha ! Em qualquer país, europeu, estes senhores já estavam há muito atrás das grades. O povo que pague os prejuízos. Ah! Só para terminar. Achei muita piada a uma intervenção de um professor universitário, simpatizante do PT, a perguntar ao actual governador de S. Paulo se não achava que era exagerado chamar ´´ sem vergonha e ladrão ´´, sendo que o ´´ Presidente Lula ´´ ( só se for presidente do sindicato, actualmente ) , tinha feito muita coisa pelos pobres......, a resposta do governador não se fez esperar: - Nada do que ele fez justifica o ; roubo dos bens públicos, a ladroagem e a corrupção. De repente, lembrei-me do que se diz em alguns Municípios....´´ ele rouba, mas vai fazendo obra ´´...., francamente.