Sete coisas que provavelmente não sabia sobre Fátima

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11 mai, 2017 - 14:15 • Rui Barros

Na véspera da celebração dos cem anos das aparições, a Renascença revela alguns detalhes que provavelmente não conhece sobre o “altar do mundo”.

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A Capelinha das Aparições foi alvo de um atentado à bomba

Fonte: Santuário de Fátima

Erguida em 1919, em resposta ao pedido de Nossa Senhora, a modesta capela de pedra e cal teve de ser reconstruída depois de ter sido dinamitada por grupos anticlericais, a 6 de Março de 1922.

A capelinha foi reconstruída no espaço de um ano e mantém a estrutura original até aos dias de hoje.

Há um pedaço do Muro de Berlim em Fátima

Foto: Paulo Cunha/Lusa

Depois da queda da cortina de ferro, foram vários os blocos deste muro que passaram a figurar em várias cidades do mundo. O que poucas pessoas sabem é que na entrada nascente do santuário há um desses pedaços, oferecido por um português a viver na Alemanha.

São 2,6 toneladas de muro, oferecido nos anos 1990. Junto ao muro podem ler-se palavras de João Paulo II numa das suas três visitas a Fátima: "Obrigado celeste pastora, por teres guiado com carinho os povos para a liberdade".

Com a mensagem de Fátima a ser interpretada pelos cristãos como símbolo de esperança na luta contra o comunismo ateu, muitos são os que relacionam a desintegração da URSS com os acontecimentos da Cova da Iria.

… e uma capela construída por refugiados húngaros

Foto: Santuário de Fátima

A Capela de Santo Estevão e o Calvário Húngaro - oficialmente Calvário Cardeal Mindszenty – são os pontos finais da Via Sacra que começa na aldeia de Valinhos, onde viveram os pastorinhos.

Foi mandada construir por refugiados que escaparam à ditadura comunista, após a II Guerra Mundial, na Hungria, e viram a sua liberdade religiosa ser-lhes negada.

O alpendre da Capelinha das Aparições é feito com madeira da Sibéria

Foto: Santuário de Fátima

Inaugurado para a primeira visita do Papa João Paulo II, o alpendre que protege os fiéis que assistem às celebrações junto da capelinha foi forrado, em 1988, com madeira de pinho vinda da Sibéria.

A escolha deste tipo de madeira deve-se ao facto de se tratar de madeira duradoura e leve.

Há um fontanário debaixo do Monumento ao Sagrado Coração de Jesus

Fonte: Blogue Restos de Colecção

Bem no centro do recinto, todos os que visitam o Santuário têm memória do Monumento ao Sagrado Coração de Jesus. O que poucos sabem é que esse monumento é o que resta daquilo que foi um fontanário mandado construir nos primeiros anos do santuário.

Segundo o livro “Novos Esplendores de Fátima”, um dos problemas que os habitantes da região enfrentavam era a falta de fontes de água, devido à rocha porosa da região. Em 1921, depois da primeira missa campal, e ao aperceberem-se da dificuldade de proceder com as construções projectadas devido à falta de água, o bispo de Leiria pediu que se fizesse um poço nos lugares que ocupavam os pastorinhos no momento da aparição. Do poço aberto brotou a água que ajudou à edificação do santuário e que matou a sede aos vários peregrinos.

No lugar onde nasceu o poço, foi construído um fontanário com 15 torneiras, tantas quantos os mistérios do rosário, para servir os peregrinos. Com as obras para planar o recinto, a estrutura foi soterrada, sendo hoje visível a parte de cima, que corresponde à coluna com a figura do Sagrado Coração de Jesus.

A coroa no topo da Basílica de Nossa Senhora do Rosário pesa sete toneladas

A basílica onde estão os túmulos dos videntes de Fátima marca a paisagem do Santuário. A obra do arquitecto Gerardus Samuel van Krieken tem, no topo da torre sineira, uma coroa de bronze construída e fundida no Bolhão, no Porto, que pesa sete toneladas.

A este peso somam-se ainda 62 sinos, com o maior destes a pesar mais três toneladas.

A primeira notícia sobre Fátima saiu dois meses depois da primeira aparição

O primeiro relato na imprensa nacional sobre as aparições de Fátima surge no jornal republicano "O Século".

Intitulado "Uma embaixada celestial… especulação financeira?”, o enviado do jornal à Cova da Iria aborda o fenómeno das aparições, mas levanta a hipótese de "algum indivíduo astucioso que, à sombra da religião", querer "transformar a Serra d’Aire numa estância miraculosa como a velha Lourdes”.

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  • Mário João Castro
    11 mai, 2017 S. Mamede de Infesta 18:14
    São, de facto, referências muito interessantes, mas o que importa mesmo é referir alguns aspetos desconhecidos ou pouco falados. Relembro que as aparições de 1917 foram preparadas pelo Anjo de Portugal, com 3 visitas aos pastorinhos em 1916 e nesse ano, no mês de Outubro, o Anjo deu a Hóstia a Lúcia e o Sangue de Cristo do Cálice a Jacinta e ao Francisco. Isto diz muito sobre a preparação das suas puras almas para o que lhes aconteceria em 1917. Mais ainda interessa referir, que após Nossa Senhora ter dito aos meninos que era necessário que se sacrificassem pelos pecadores, as crianças, na sua infinita pureza, decidiram colocar uma corda apertada à cintura como forma de lhes fazer lembrar, sempre, dos sacrifícios a fazer, conforme lhes havia pedido Nossa Senhora de Fátima. Numa das aparições posteriores, Maria alertou-os para que não dormissem com a corda, num pormenor delicioso de Amor Maternal e com o aval do Querido e Bom D E U S. Outra curiosidade, é o facto de que em Agosto os pastorinhos terem sido presos pelo administrador, pelo que a 13 de Agosto não houve aparição da Imaculada mas ELA como cumpre com o que promete apareceu aos meninos no dia 19 de Agosto de 1917. Para todos aqueles que querem sentir intensamente esta data, inesquecível, dos 100 anos que marcam a vinda da Mãe da Humanidade a Fátima e a Portugal, sugiro que vão até aos Valinhos e sintam toda a história das aparições do Anjo, como preparação de D E U S para toda a Humanidade acolher o Seu Filho, JESUS !

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