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​Almeida dá mais um dia à Caixa para evitar fecho de agência

03 mai, 2017 - 00:05

Vice-presidente da Câmara exige ao Governo que o administrador da Caixa, Paulo Macedo, "repense a estratégia", sob pena de ser pedida a sua demissão.

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Os habitantes de Almeida, no distrito da Guarda, decidiram dar mais um dia à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para que possa repensar a manutenção do balcão local.

A população voltou esta terça-feira a protestar contra a intenção da CGD em encerrar a agência daquela vila histórica, situada junto da fronteira com Espanha, e pelas 14h30 ocupou as instalações, situação que se mantinha por volta da meia-noite.

O presidente e o vice-presidente da Câmara de Almeida deslocaram-se a Lisboa para uma reunião com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas o encontro não aconteceu, tendo reunido com o director-geral.

Os dois autarcas chegaram a Almeida pelas 22h15, altura em que comunicaram à população o sucedido e apelaram que seja dado o dia de quarta-feira à administração do banco para que inverta a decisão e mantenha o balcão em funcionamento, com o serviço de tesouraria.

"Vamos dar um dia à administração da CGD no sentido de perceber que a nossa união está forte, que as nossas razões são muitas, que a nossa situação é única, que é uma discriminação", declarou o vice-presidente da Câmara de Almeida, Alberto Morgado.

O autarca também pediu à população de Almeida e do concelho, porque as contas estão agora domiciliadas no balcão de Vilar Formoso, para que, na quinta-feira, pelas 14h30, se dirijam àquela dependência "para saberem das suas contas" e propôs que permaneçam nas instalações "em protesto".

Alberto Morgado exigiu ao Governo que o administrador da Caixa, Paulo Macedo, "repense a estratégia", sob pena de ser pedida a sua demissão.

O presidente da autarquia de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse, à chegada de Lisboa, que na quarta-feira irá apelar ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, a dar conta que o eventual fecho do balcão local da CGD "é um acto discriminatório" e não é aceite, porque se trata de uma sede de concelho.

"Nós não vamos aceitar isto. Eu não vou aceitar isto. Espero que haja bom senso", declarou, informando que o município manterá o diálogo institucional.

Os habitantes de Almeida ocupam pacificamente interior do balcão da CGD, num protesto pacífico, contra o eventual fecho daquela agência na sede do concelho.

Com o fecho do balcão de Almeida, os habitantes terão de se deslocar a Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros da sede de concelho.

Comentários
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  • Mário Guimarães
    03 mai, 2017 Lisboa 10:13
    Os traidores de Abril continuam a vender Portugal ao desbarato ! Já pouco é português . Faliram tudo para os estrangeiros pegarem a bom prêço! Se fosse o PR Marcelo colocava o nome da família Soares em todas as ruas das cidades de agora em diante .Colocam o nome dos sebosos sem consultarem ninguém .Isto já não é Portugal .Continuo à espera que o PR tenha competência ou dê competência para um grave caso de corrupção nos Açores que me obrigou a abandonar a minha residência. Onde está a Justiça ,a Educação e a Saúde neste País?Vergonha de gente!
  • Armando
    03 mai, 2017 Amadora 09:51
    A revolta dos "bimbos". Agora sentem-se previligiados em relação a outros! Será que não percebem, que os utentes dos outros balcões que fecharam também foram prejudicados? Já me cheira a campanha. Entendem que para gamhar protagonismo tudo vale.
  • VICTOR MARQUES
    03 mai, 2017 Matosinhos 09:50
    Então, não é o "POVO QUEM MAIS ORDENA"???!!! Belos tempos que vivemos! Sugestão: como os colchões modernos já não são de "palha", o melhor é lá metermos as parcas economias... Emprestar dinheiro à Banca a custo ZERO???!!! SÓ POR MASOQUISMO!!!:::
  • Professor Martelo
    03 mai, 2017 Amaraleja 09:35
    País de IDIOTAS! quem se julga o presidente da CM Almeida?
  • Porconta
    03 mai, 2017 Porto 09:22
    Por muito que compreenda a preocupação da população não posso deixar de dar razão ao Banco, se dá prejuízo tem de fixar, é isso que acontece até na vida privada, o melhor é tentar arranjar outra solução em que intervenham a Câmara os Correios e o Banco, se houver bom senso com toda a certeza arranjarão uma solução, agora quererem que uma instituição dê lucros e depois querem que mantenha uma ou mais agências a dar prejuízo, não é sério e muito menos credível.

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