02 mai, 2017 - 20:55
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) mantém a decisão de encerrar a agência na vila de Almeida, apesar dos protestos da população.
O banco estatal afirma, em comunicado, que o concelho de Almeida vai continuar a ser servido pelo balcão de Vilar Formoso.
Depois da reunião falhada desta terça-feira com a autarquia, a Caixa mostra-se “disponível para encontrar, em articulação com as autoridades locais, a melhor forma de servir a população”.
A CGD argumenta que decidiu fechar a agência de Almeida "depois de cinco anos consecutivos de prejuízos e diminuição de actividade comercial e com um nível de movimentos de tesouraria muito abaixo da média".
"A Caixa assegurará, noutros moldes, a prestação de serviços aos clientes" de Almeida, adianta a admnistração.
"No futuro, e em articulação com a Câmara Municipal poderia ser criado um acompanhamento aos clientes da Caixa nas instalações do município ou Junta de Freguesia, assegurando que estes não fiquem sem serviços."
O banco estatal sublinha que, nas últimas semanas, realizou contactos e reuniões com as autoridades locais para tentar encontrar uma "solução de manter serviços da instituição na sede de concelho e que passariam nomeadamente por, num período de transição, a Caixa assegurar a permanência de colaboradores no balcão de Almeida. A Caixa cumpriu a sua parte. Mas recusa aproveitamentos políticos de qualquer ordem".
A agência de Almeida foi esta terça-feira novamente ocupada pela população. A Caixa responde que o protesto "configura uma forma de pressão reiterada, não legítima e imprópria de um Estado de Direito" e considera que "deixou de fazer sentido realizar qualquer reunião" com a autarquia local.
"Ninguém em Almeida fica sem serviços
da Caixa, não obstante a presença de outra instituição financeira na
localidade", assegura o banco estatal.
O comunicado da CGD foi divulgado pouco depois de uma reunião falhada com o presidente da Câmara de Almeida.
Em declarações aos jornalistas em frente à sede da Caixa, em Lisboa, o autarca António Baptista Ribeiro apelou à mobilização da população e disse que pediu uma reunião ao Presidente da República e que vai também tentar falar com o primeiro-ministro.
O que pode acontecer em Almeida nos próximos dias? “Não sei. Pode acontecer tudo. Creio que já há lá sinos a rebate e mais umas coisas assim. Pode acontecer tudo”, adverte o presidente da câmara.
A agência de Almeida é um dos 61 balcões da Caixa Geral de Depósitos que vão encerrar no âmbito da reestruturação do banco estatal.