Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Defesa de suspeito de atropelamento de adepto vai recorrer

29 abr, 2017 - 23:48

Advogado discorda da formulação “dolo eventual” e continua a defender a versão do seu constituinte: acidente.

A+ / A-

A defesa do suspeito do atropelamento mortal junto ao estádio da Luz vai recorrer depois do Tribunal de Instrução Criminal ter aplicado a mais dura das medidas de coacção.

O homem de 35 anos é suspeito de um crime de homicídio qualificado e de quatro crimes de tentativa de homicídio.

Em declarações à Renascença, o advogado Carlos Melo Alves explica que recorre porque “há uma nuance técnica que tem a ver com dolo”. “Diz o tribunal que é dolo eventual. Dolo eventual e negligência, para fazer a destrinça, é muito complicada”, considera.

“Aquilo que sempre defendemos é que aquilo que eventualmente poderia indiciar era a existência de homicídio negligente. Continuamos a entender que temos razão e vamos colocar a questão ao tribunal superior”, acrescenta o advogado.

Carlos Melo Alves vai também tentar alterar a medida de coacção, mas “vamos estudar melhor essa questão”.

O advogado do suspeito acrescenta que “toda a prova tem que ver com as imagens de vigilância. O vídeo de vigilância é muito importante, muito importante mesmo”.

Nestas declarações à Renascença, Carlos Melo Alves considera que “a versão” do seu constituinte “é aquela que nos parece a mais razoável do ponto de vista da interpretação desse meio de prova”.

Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que neste momento "há mais quatro arguidos" que estiveram envolvidos nos confrontos entre elementos das claques do Sporting e do Benfica.

O atropelamento mortal do italiano Marco Ficini ocorreu na madrugada de sábado passado, horas antes do dérbi entre Sporting e Benfica, nas imediações do Estádio da Luz.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+