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Costa defende que reestruturação da dívida só poderá ser tratada no quadro europeu

28 abr, 2017 - 20:50

Governante defende relatório do grupo de trabalho formado por PS e BE sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa "é um trabalho muito sério, rigoroso, com contributos muito interessantes de reflexão".

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O primeiro-ministro diz que o Governo vai analisar os contributos de PS e Bloco de Esquerda sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa, mas frisa que a reestruturação é assunto que só poderá ser tratado no quadro europeu.

O relatório do grupo de trabalho formado por PS e Bloco de Esquerda (BE) sobre a sustentabilidade da dívida portuguesa "é um trabalho muito sério, rigoroso, com contributos muito interessantes de reflexão", disse António Costa aos jornalistas em Beja, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja.

Alguns contributos, como a antecipação dos pagamentos ao Fundo Monetário Internacional ou uma nova política em matéria de distribuição dos rendimentos do Bando de Portugal (BdP), "já estão, aliás, a ser executados" e "há outros" que o Governo vai "analisar, reflectir sobre eles" e, "em função disso", irá ver "qual é o encaminhamento que devem ter".

No entanto, sublinhou, para o Governo é "ponto claro" que a restruturação da dívida portuguesa "é um assunto que só no quadro europeu poderá ser alguma vez tratado e reflectido".

O relatório do grupo de trabalho apresenta uma proposta de reestruturação da dívida portuguesa em 31% para 91,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e pede ao Governo "cenários concretos" de reestruturação para serem utilizados em discussões europeias.

Questionado pelos jornalistas, António Costa disse que "nem merece comentários" a acusação feita hoje pelo presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de que o Governo quer "deitar a mão" às reservas de dinheiro do BdP como "medida extraordinária" para "ajudar a compor os números do défice".

Também durante uma visita à Ovibeja, Pedro Passos Coelho, em reacção ao relatório do grupo de trabalho, disse que "há uma intenção clara do Governo de poder ir deitar a mão às reservas, ao dinheiro que está no BdP para, como medida extraordinária, ajudar a compor os números do défice".

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