28 abr, 2017 - 10:41
Na véspera de assinalar os seus 100 dias na Casa Branca, Donald Trump confessa ter saudades da sua antiga vida e diz-se surpreendido com a dificuldade do cargo.
“Adorava a minha vida antiga. Tinha tantas coisas”, afirmou o 45.º Presidente dos Estados Unidos, numa entrevista à agência Reuters. “Isto dá mais trabalho do que aquele que tinha. Pensava que seria mais fácil”.
“Tenho saudades da minha vida antiga”, confessou.
Nestas declarações reconhece que não estava preparado para as mudanças de ser presidente de uma das mais poderosas nações. “Gosto de conduzir. Agora já não posso”.
“Mesmo tendo pouca privacidade na minha vida antiga - porque sou famoso há muito tempo - isto é muito menos privacidade do que já tive. Ficas mesmo preso no teu próprio casulo, porque tens uma segurança e protecção massiva que não consegues ir a lado nenhum”, disse, referindo-se à protecção de 24 horas dos agentes dos Serviços Secretos.
Mas há coisas que não mudaram entre o homem de negócios ultra-mediático e o Donald Trump Presidente dos Estados Unidos da América. Ele assume que continua a ligar a amigos e a homens de negócios para procurar conselhos e para ganhar apoio nas suas decisões.
Como está o contrato com o eleitor?
Durante a campanha foi peremptório ao afirmar que iria “arranjar os Estados Unidos sozinho” e “tornar a América grandiosa outra vez”.
Donald Trump apresentou, durante a campanha eleitoral, um plano concreto para os primeiros cem dias de mandato.
O documento chamado de "contrato com o eleitor americano" tem medidas tão polémicas como o fim do sistema de saúde conhecido como ObamaCare, a proibição de entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana no país e a reforma do sistema político em Washington.
No documento são apresentadas 18 medidas: seis para limpar a corrupção, sete para proteger os trabalhadores americanos e cinco para restaurar a segurança e o Estado de direito constitucional. Em todos os pontos, um objectivo em comum: reverter as políticas de Obama.
A nível internacional, Trump quer terminar com a parceria Trans-Pacífico e defende que sejam feitas alterações no acordo Nafta, com o Canadá e o México. No que diz respeito ao clima, pode estar em risco o Acordo de Paris.
A maioria das propostas não foi concretizada.