27 abr, 2017 - 11:33
Bruno de Carvalho voltou a referir-se à relevância das intervenções públicas dos dirigentes para reiterar o que já havia assumido anteriormente.
O presidente dos leões considera que os ”piropos” servem, muitas vezes, para “tirar a pressão da panela”.
“Nós, presidentes, podíamos dizer que nos damos bem e vamos cantar o cumbayá, mas as nossas intervenções tiram a pressão da panela. Importante é não ter medo de intervir. Os presidentes podem ser 'role models', que se não houver trabalho de bastidores com a polícia, não resultava em nada", disse no terceiro congresso ‘The Future of Football’, que termina esta quinta-feira no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
"Também está aqui a UEFA e aproveito para dizer algumas coisas... Sou pai também e o mundo atravessa um problema grave de falta de valores e princípios a nível social, vejo isso nos jovens. Temos de lutar contra isso, ir mudando. Não é fácil. No futebol é mais grave porque enfrentamos esse problema social e um sistema que acha que é um subsistema, o futebol acha que é fechado em si”, explicou.
Bruno de Carvalho considera que não se deve “generalizar” nas criticas. Diz ter amigos no Benfica e no FC Porto e defende que “as instituições não têm culpa de certos actos”.
“Sei perfeitamente que 99% dos benfiquistas, dos sportinguistas, dos portistas e dos adeptos dos restantes clubes não querem que isto aconteça. Temos de saber viver as rivalidades sem hipocrisias, mas há que corrigir o que está mal para que acabem estas mortes”, adiantou.