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Marcelo condecora D. António Ferreira Gomes, o bispo que esteve 10 anos exilado por fazer frente a Salazar

24 abr, 2017 - 16:46 • Redacção com Ecclesia

O presidente da Fundação Spes vai receber das mãos do Presidente da República a condecoração atribuída ao antigo bispo do Porto, agraciado em 7 de Agosto de 1980, com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade e homenageado a 20 de Maio de 1982 na Assembleia da República.

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O Presidente da República vai condecorar a título póstumo, na terça-feira, às 14h00, o antigo bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes com a Grã Cruz da Ordem de Santiago e Espada.

O Presidente da Fundação Spes, José Ferreira Gomes, vai receber das mãos de Marcelo Rebelo Sousa a condecoração atribuída ao bispo que esteve exilado nos tempos de António de Oliveira Salazar.

Esta não é a primeira vez que o antigo bispo do Porto vai ser condecorado. D. António Ferreira Gomes (1906-1989), foi agraciado em 7 de Agosto de 1980, com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade e a 20 de Maio de 1982 foi homenageado na Assembleia da República, lê-se numa nota enviada à agência Ecclesia.

Pelo seu testamento redigido em 21 de Agosto de 1977 institui a Fundação Spes, com “fins benéficos, educativos e culturais”.

A figura do bispo portuense “é emblemática não só por ter pago com dez anos de exílio (1959-1969) o seu amor à verdade, a sua fidelidade à doutrina social da Igreja”, mas por ser um “grande homem do pensamento português, pela inovação com que lê a tradição nacional”, refere a sua biografia no site da Fundação Spes.

Comentários
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  • José M.R Pereira
    13 abr, 2018 funchal 15:53
    tive pena de só hoje de ver e ouvir a história de D. António Ferreira Gomes.!.. através da RTP memória. devo confessar que fiquei emocionado com a história de grande senhor... dizem também que a igreja não teve culpa , mas tinha na igreja alguém que se aliou ao salazar para o prejudicar, e foi o que aconteceu..D.António..acaba por ser vítima, não queria falar desta forma ...mas foi a revolta que senti:.. em saber que alguém dentro da mesma igreja que se alie ao poder e não à igreja .. a igreja de hoje ainda precisa de gente como D. António Ferreira Gomes!..bem haja a este grande senhor , daria-lhe um grande abraço se este senhor estivesse ainda entre nós... só mais uma coisinha a igreja católica precisa e necessita de homens como D. António
  • Jorge
    25 abr, 2017 Sintra 19:14
    Olhe meu querido amigo, o exílio acontece porque!D. António Ferreira Gomes, era um humanista e dava toda a prioridade à liberdade e à fraternidade entre os homens! Uma filosofia, que chocava com as arbitrariedades e obscurantismo do regime salazarista e do "Estado Novo, que oprimia o nosso povo.Que via nos democratas e homens simples, uma ameaça à sua política e consequente continuidade! Por isso, homenagem justíssima a este grande HOMEM da Igreja:D. António Ferreira Gomes. Um grande abraço Jorge
  • Daniel
    24 abr, 2017 Setúbal 21:54
    Boa noite meus exelentissimos senhors (as) gostaria de saber porque d.António Ferreira esteve exilado uma decada
  • Antonio carneiro
    24 abr, 2017 Lagos 19:23
    Pois foi mais um católico enganado seduzido pelo "cristianismo "progressista".não era bem bem um bispo vermelho talvez mais encarnado esbatido.Como convinha aos ditos "progressistas" anti-provincias ultramarinas e viu-se no que deu o apoio desse tipo de catolicismo envado de socialismo utópico. o u o policor da época revelou-se num desastre para as populações de Angola,Moçambique Guiné Cabo Verde S.Tomé e Principe e antes o estado Português da India. Com a desculpa de proteger o cristianismo e a civilização deram apoio aos movimentos satiagras na India e em Africa aos movimentos marxistas leninistas chegando ao ponto de turras com provas dadas serem recebidos pelo Pápa Paulo vI. que tristeza e para quê 30 anos de guerra civil em Angola, 20 em Moçambique que de momento está em banho-Maria Turra a Guiné ingovernável desde que os herois abrileiros lhes deram a "de"pendencia, enfim deviam fazer um acto de contricção e rezar vários terços por dia como forma de punição.Sim Sr Marcelo condecore essa gente com cruz ou sem ela mas rápido pois não dou duas gerações até os serracenos triunfarem na Europa e ocuparem a Tuga fazendo dos Gerónimos mais uma linda mesquita virada para o Tejo, provavelmente vão demolir a Torre de Belem pois tem por lá umas cruzes em pedra e eles não se esqueçam das tareias que levaram com as naus e portugueses a sério que pela cruz lutaram e pelo Santo nome de Deus.
  • Aureliano Bessa
    24 abr, 2017 Maia - Porto 19:11
    Fico muito feliz por isso. Não posso deixar de me comover, quando tive de passar a fronteira "a salto" para Espanha, para o ir visitar a Salamanca/Espanha, onde esteve exilado. Regressava a Portugal, quando foi avisado de que correria o "risco" de ir parar a Caxias, se atravessasse a fronteira em Vilar Formoso.
  • Manuel Sá
    24 abr, 2017 Porto 19:08
    ...Ou será que os saudosistas esperavam que o P.R. concedesse a Ordem da Liberdade a Salazar?.
  • Luis Pinto
    24 abr, 2017 barreiro 19:03
    A igreja tem sempre a oportunidade deste presidente. Deixe de ter religião e ser Presidente de todos os portugueses.
  • miranda
    24 abr, 2017 Porto 18:57
    Abençoado seja quem vier por bem. E Marcelo Rebelo de Sousa veio por bem. O sossego que tem oferecido aos Portugueses , não tem preço. Muito obrigado sr. Presidente.
  • MASQUEGRACINHA
    24 abr, 2017 TERRADOMEIO 18:47
    E Salgueiro Maia? Lá continua no limbo dos heróis incómodos, onde também esteve Aristides de Sousa Mendes... Tinha tanta esperança que Marcelo se lembrasse dele, do Salgueiro Maia, do circunspecto e determinado Salgueiro Maia, que se diria invisível ou indigno de reconhecimento, mas que deve ser só caso exemplar de contas "institucionais" mal saldadas. Ainda. Merecíamos todos melhor.
  • Jorge
    24 abr, 2017 Sintra 17:53
    É por isso que O Senhor Presidente da República merece o respeito de todos os portugueses e democratas.Bem haja Senhor Presidente, pela sua elevação ética,grandeza e coragem.... A sua luta incansável pelos mais fracos, pelos pobres e justiça social, abriu uma nova frente na sociedade portuguesa, que é preciso avançar e consolidar.

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