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Cristas. Manter rating é sinal de país “a regredir"

21 abr, 2017 - 22:57

Líder centrista comenta assim o facto de a agência DBRS ter mantido Portugal um nível acima de “lixo”.

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A presidente do CDS considera ser sinal de que o país está a regredir o facto de as agências de notação financeira manterem os níveis de rating de Portugal, que, disse, deviam estar a ser revistos em alta.

"O que me parece ser de sinalizar como profundamente negativo é que nós, nesta altura, devíamos estar a melhorar os nossos 'ratings', seja pela DBRS, seja pelas restantes agências de rating, que continuam a colocar-nos no “lixo”, e nem sequer com perspectivas de melhoria", afirmou Assunção Cristas à agência Lusa, à margem da apresentação da candidatura do centrista Pedro Morais Soares à Junta de Freguesia de Cascais/Estoril.

A líder do CDS reagiu assim à manutenção do nível de notação pela DBRS em 'BBB' (baixo), argumentando que se estão a "manter níveis baixos e negativos que correspondiam a níveis de pré-bancarrota e início de saída de uma situação difícil".

"Que hoje, passados quase três anos da saída da 'troika' de Portugal, se continue a falar do mesmo nível de 'rating' é sinal de que estamos a regredir", declarou.

A agência de notação financeira DBRS anunciou que decidiu manter o 'rating' atribuído a Portugal em 'BBB' (baixo), o primeiro nível de investimento acima do “lixo”, com perspectiva estável.

Cristas começou por dizer que "tudo o que não seja deteriorar a posição de Portugal" pelas agências de notação "é positivo", mas argumentou que, comparando com a posição em que o país devia estar, esses dados "não são positivos".

"Não podemos ficar satisfeitos, não nos podemos contentar com manutenções de níveis de análise de risco muito inferiores àqueles que os nossos parceiros europeus têm e que penalizam o Estado português", disse.

"É preciso ter outro fôlego, ter outras políticas e ter continuado um caminho de crescimento económico sustentado e de contas públicas sólidas, sem aumento de dívida, para hoje as agências de 'rating' estarem a rever em alta os 'ratings', dando sinal de terem compreendido o esforço sustentável, sólido e duradouro que o Estado português estaria a fazer", sustentou.

No Teatro Gil Vicente, em Cascais, a presidente do CDS esteve com o presidente da Câmara local e coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, a apoiar a recandidatura de Pedro Morais Soares (o também secretário-geral do CDS) à junta de Estoril/Cascais.

Assunção Cristas disse sentir-se inspirada pelo trabalho de Pedro Morais Soares: "É uma grande inspiração para mim, que ambiciono tornar-me autarca brevemente", disse, referindo-se à sua candidatura a Lisboa.

Na primeira fila do teatro, sentaram-se figuras dos dois partidos que governam Cascais em coligação: o vice-presidente da Câmara de Cascais e líder da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, o vereador e deputado do PSD Ricardo Batista Leite, os centristas Teresa Anjinho, Pedro Mota Soares e Telmo Correia, entre outros.

Comentários
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  • tugatento
    22 abr, 2017 Amarante 23:21
    Esta gaja mete nojo com estes comentários. Esteve 4 anos no governo, e o que fez foi uma lei do arrendamento que levou milhares de portugueses a situação de desespero, e nada fez daquilo que agora critica a este governo. Ou seja é um,a hipócrita do pior que há. Mas a resposta a esta tua hipocrisia e demagogia,vais te-la nas eleicões.
  • silvestre
    22 abr, 2017 sitio do campo de cima 07:37
    Desejos sinceros de dezenas ou centenas de anos para Passos Coêlho à frente do PSD e de Assunção Cristas à frente do PP/CDS.
  • jose
    22 abr, 2017 Suiça 07:05
    Assunção Cristas disse que vai acabar com os sem-abrigo em Lisboa. é só rir com a tia de Cascais.
  • Jorge
    22 abr, 2017 Sintra 00:27
    Esta é a direita que interessa ao P.S.: fraca e , sem objectivos de curto e médio prazo! Anda por aí como dizia o nosso amigo, com a esperança que o "diabo" apareça em forma de qualquer crise.... mas, parece-me que vão que ter esperar sentados. Enfatizo, esta oposição de direita PSD/CDS foi o que melhor pôde ter acontecido a Portugal e aos portugueses . Sossegados, fazendo barulho por qualquer coisa. Continuem, estamos a gostar!

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