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Reintrodução do Serviço Militar Obrigatório? Não, diz ministro

20 abr, 2017 - 10:24

Em entrevista à Renascença, Azeredo Lopes fala das mortes nos comandos e considera que a reacção ao caso "honra o Exército".

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A reacção ao caso dos Comandos "honra o Exército", diz ministro da Defesa
Posição do ministro ao SMO e aos caso dos Comandos

O ministro da Defesa descarta a hipótese de reintroduzir o Serviço Militar Obrigatório em Portugal. “Não está nos planos imediatos deste Governo lançar formalmente a questão do serviço militar obrigatório (SMO)”, afirmou no programa “Hora da Verdade”, uma parceria Renascença/Público.

Questionado sobre essa hipótese, já equacionada noutros países devido às dificuldades de recrutamento, Azeredo Lopes reconhece que todas as discussões fazem sentido numa sociedade plural, mas lembra: “É uma questão com que não nos comprometemos no programa do Governo e que a nosso ver não é urgente, se representa uma panaceia para resolver os problemas de recrutamento”.

“Alguns associam o SMO à educação cívica que hoje faltará aos jovens. Devo dizer que não partilho de todo essa abordagem, independentemente da opinião que eu possa ter sobre o SMO. Mas é bom termos cuidado nas abordagens sobre dificuldade no recrutamento”, realça.

E como tornar o recrutamento mais atractivo? Para o ministro, trata-se de “criar condições de remuneração e estatutárias satisfatórias e de ver como garantimos que, quando saírem, podem ter uma vida profissional interessante e activa. São mais dois problemas: como podemos qualificar dentro das Forças Armadas e como podemos certificar a formação que damos”.

Há sete meses, o ministro da Defesa Nacional atravessou um dos períodos mais negros da sua "governação", quando dois militares em formação morreram durante o Curso 127 de Comandos. Hoje, garante que a situação seria menos provável, apesar de não ser impossível. "O que não era aceitável era que qualquer jovem instruendo corresse risco de vida. Não é normal, nem é risco normal que uma coisa destas pudesse acontecer", diz.

José Azeredo Lopes, 56 anos, é professor universitário, foi presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social e chefe de gabinete de Rui Moreira. Desde Novembro de 2015, desempenha o cargo de Ministro da Defesa Nacional.



Comentários
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  • Jota
    11 ago, 2017 Lisboa 09:26
    Sou a favor do SMO .Claro que os valores da sociedade atual e a incompetencia da maior parte dos pais que sim a tudo aos meninos , sao contra.E depois..isto para os burros..só vai para os Comandos ou Tropa Especial quem quer sempre foi assim.É melhor os putos andarem por ai sem njnca saberem o que é um ordem que deve sr cumprida, na escola nem em casa eles respeitam ninguém .
  • Vasco
    25 abr, 2017 Viseu 12:04
    Acho que efetivamente o serviço militar obrigatório não faz mal a ninguém, antes pelo contrário, penso incutirá nos jovens o convívio, o espírito de entre ajuda, a lealdade, o companheirismo, como se diz na tropa “o espírito de corpo” e também uma coisa que hoje em dia se está quase em vias de extinção ( O RESPEITO),na minha simples opinião acho que isso é bem melhor do que passar a quase totalidade do tempo sozinho a brincar com o telemóvel ou fechado em casa às voltas com a Net (eu agora também estou, mas saio já). Para além desta questão e com aquilo que infelizmente se vê por esse mundo fora termos quem nos defenda não será propriamente mau. Ser militar, aprender técnicas de combate e a lidar com armas, não torna as pessoas propriamente más e ou violentas, no meu tempo a grande maioria da juventude cumpria o serviço militar ia inclusivamente para a guerra colonial e os casos de violência eram muito raros, nada comparados com hoje em que raro é o dia em que não acontecem crimes de extrema violência muitos deles envolvendo as camadas mais jovens. Com todo o respeito pelas diferentes opiniões, na minha entendo que o serviço militar deveria ser obrigatório.
  • Andre Silva
    20 abr, 2017 Guimarães 15:22
    Porque não! É melhor os jovens sem emprego viverem frustrados.A tropa não. faz mal a ninguém.O sr. Azeredo se calhar não. foi à tropa ou fugiu com medo e agora aterroriza a palavra serviço militar.Houve muita boa gente que nesse serviço se fez homem, serviu a Pátria e alguns seguiram carreira aí. Logo o serviço militar obrigatório seria uma bênção para muitos jovens e suas famílias.
  • Zé João
    20 abr, 2017 Lisboa 14:43
    Em de se falar em serviço militar obrigatório, devia-se era equacionar a redução do número de generais sem exército que esbanjam os nossos impostos com as suas mordomias e supostos direito adquiridos. A tropa não serve para nada a não ser para encher os bolsos dos oficiais que andam para lá aos pontapés. Prevenção e combate a incêndios, catástrofes naturais, apoio humanitário.... zero no que concerne à responsabilidade civil. Não fui à tropa e não é por isso que sou menos homem, pois os meus pais deram-me educação a mesma que vou transmitir aos meus filhos. Se o dinheiro que damos para bancos, submarinos, tropas e afins fosse redireccionado para a educação, criação de emprego, para o apoio à família como núcleo central da nossa sociedade, se calhar não teríamos jovens problemáticos que para meia dúzia de sabichões a solução é enviá-los para a tropa. Combater as guerras dos outros..... não obrigado
  • joao
    20 abr, 2017 caminha 14:19
    Para os que defendem o SMO, espero que os enviem, ou aos filhos (coitados os filhos não tem culpa dos pais que lhes arranjaram), para cursos de comandos ou coisa do genero. Aos meus filhos, deixem-nos em paz, pode ser? Eles não precisam da educação militar para nada. Eu mesmo dou em casa, não se preocupem!
  • Gambuzino
    20 abr, 2017 Coimbra 12:55
    Pois mas seria bom haver um "tipo de serviço" cívico durante as férias de Verão, pelo menos no último ano do ensino secundário. Na estrutura do exército e durante esses dois meses utilidade pública na protecção da natureza e de apoio a terceira idade e mujitas dessas aldeias e principalmente nos grandes centros urbanos, onde estas pessoas estão mais isolados e desprotegidos. Era melhor do que essas cenas de vandalismo gratuito nas férias da Páscoa e sempre iam mais "preparados" para as ditas praxes académicas com práticas militaristas gratuitas.Um pouco de disciplina militar cívica não faria mal ao Mundo.
  • gt
    20 abr, 2017 lisboa 12:48
    quem dá pão dá educação, essa educação é em casa não é na tropa. a juventude que temos, somos nós que a fazemos em casa, como tal a melhor tropa que podem fazer é em casa, desde que os pais sejam respeitados e se façam respeitar. isso sim, agora tropa, dar educação ? não estão enganados, a tropa em alguns casos serve para adquirirem vícios e graves.
  • AMS
    20 abr, 2017 Castelo Branco 12:45
    Sim. Serviço militar obrigatório com formações específicas que não sejam ensinar as técnicas da guerra obsoleta. Incutir o rigor e o sentido de responsabilidade. Formações diversas nas áreas de proteção civil como incêndios, inundações, qualquer catástrofe onde o auxílio às pessoas seja necessário...
  • 777seven
    20 abr, 2017 Faro 12:42
    Governo esquerdopata corre da palavra militar!
  • Rodrigues
    20 abr, 2017 Aveiro 12:34
    Continua este Ministro a defender a existência de mercenários pagos pelo cidadãos Portugueses. O serviço militar obrigatório como serviço à comunidade com preparação individual para enfrentar eventuais futuros problemas devia ter continuado e, como interrompido que foi deveria ser reintroduzido. Antes era apenas para o sexo masculino mas hoje deveria ser para todos os jovens.

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