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Aveiro

Para abrir em 2037: a “cápsula do tempo” do Centro Universitário Fé e Cultura

18 abr, 2017 - 11:30 • Júlio Almeida

Serão guardadas as mensagens de estudantes do CUFC, para abrir apenas dentro de 20 anos. É uma das iniciativas que marca as três décadas daquele espaço pioneiro ligado à pastoral diocesana.

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É pela tardinha que o Centro Universitário de Fé e Cultura (CUFC) de Aveiro ganha mais vida. Ir ali “serve para desanuviar, deixar um pouco o estudo e recarregar baterias", diz à Renascença Patrícia Oliveira, 20 anos, aluna do curso de música da Universidade de Aveiro.

Passam exactamente três décadas desde o início deste projecto de formação religiosa. A diocese de Aveiro instalou-se junto ao campus da universidade local para acolher a comunidade académica, e as portas continuam a ter razões para estarem sempre abertas.

Monsenhor João Gaspar, vigário-geral da diocese de Aveiro, lembra que os bispos D. Almeida Trindade e D. António Marcelino foram entusiastas de um espaço "para orientar a pastoral diocesana na universidade, acolhendo os estudantes”. “Depois construiu-se o edifício".

Estas e outras memórias vão ser depositadas numa "cápsula do tempo", iniciativa pensada para marcar os 30 anos deste Centro, e que foi coordenada por Manuel António Coimbra, que estreou o CUFC quando ainda era um jovem docente universitário.

"Temos mensagens dos universitários de hoje para os que vão chegar dentro de 20 anos, vamos encerrar essas mensagens. Se ajudar a preparar o futuro, tanto melhor", diz.

Daniel Graça, 20 anos, futuro engenheiro de ambiente, é um dos alunos a quem está a ser passado o testemunho para dinamizar o Centro com estudo, convívio ou actividades religiosas. "Muitas vezes são pessoas que não têm qualquer relação com a Igreja e acabam por integrar as iniciativas", explica.

Além da actividade religiosa, de debates sobre variados temas e da animação das missas, também o voluntariado junto de crianças e idosos mobiliza muitos estudantes, que também fazem entreajuda, por exemplo, através do “fundo solidário que serve para quem tem mais dificuldades económicos", conta à Renascença Patrícia Oliveira.

A formação cristã, com a preparação para o baptismo ou para o crisma, ocupa a irmã Flávia Lourenço, com algumas surpresas positivas. "Quando abrimos a outras pessoas fora do grupo, alguém tem a coragem e faz uma pergunta, depois não surge uma, surgem dez.” “Sentem necessidade de um espaço onde as podem colocar", refere.

O CUFC é também um ponto de encontro ecuménico privilegiado nesta universidade que tem cada vez mais alunos estrangeiros e das mais diversas religiões. Muitos juntam-se na tradicional ceia de Natal.

Para celebrar os seus 30 anos, o Centro Universitário de Fé e Cultura está envolvido também numa campanha de angariação de fundos para remodelar a capela que serve o edifício, paredes meias com a Universidade de Aveiro.

Esta reportagem foi transmitida no espaço das 12h00 na Renascença, que às segundas-feiras dá destaque aos temas sociais e relacionados com a vida da Igreja.

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