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Ilha do Farol. Arrancam as primeiras 10 demolições de casas ilegais

18 abr, 2017 - 09:32

Polícia Marítima tem no local 40 agentes, mas não há registo de incidentes.

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Estão em marcha as primeiras 10 demolições das construções ilegais na Ilha do Farol, Algarve. O processo deverá demorar cerca de uma semana, segundo o presidente da Sociedade Polis Ria Formosa.

José Pacheco disse à agência Lusa que das 36 construções previstas para demolição apenas 23 foram consignadas ao empreiteiro, já que 13 se encontram protegidas por providências cautelares, interpostas antes e já depois das posses administrativas, efectuadas no final de Fevereiro.

"Durante o dia de hoje vai haver a montagem do estaleiro e vão ser salvaguardadas as questões ambientais, com a retirada das telhas de amianto", explicou José Pacheco, estimando que o processo se prolongue por uma semana, embora depois tenha que se fazer a reposição das condições naturais dos locais onde estavam as construções.

De acordo com o presidente da Polis, até ao dia 20 de maio "tem que estar tudo arranjado", ou seja, antes do início da época balnear, uma vez que, após as demolições, tem que ser feita a recolha de detritos e a reposição dos locais, o que ainda vai levar algum tempo.

O comandante da Polícia Marítima confirmou que estão no terreno 40 efectivos, elementos da Cruz Vermelha e até uma lancha. Para garantir a manutenção da ordem pública e a segurança das pessoas. Foi montado um perímetro de segurança.

A mesma fonte revelou que a única situação de tensão ocorreu quando um jovem sem-abrigo se recusou a abandonar uma casa.

O presidente da Polis disse à Lusa estar convicto de que as pessoas "vão cumprir a lei" e de que a operação deverá decorrer em segurança e com respeito pelos elementos que vão estar a trabalhar no local.

Além da salvaguarda das construções de primeira habitação - que são apenas duas, nos núcleos do Farol e dos Hangares - estão ainda fora do mapa das demolições as construções pertencentes a pessoas com actividade ligada à ria (pescadores, mariscadores ou viveiristas), quer estejam no activo ou já na reforma.

Em Abril do ano passado, de acordo com os planos da Polis, eram 200 as construções que deveriam ter esse destino, número que em Outubro passou para 80 e que agora se cifra em 60, concluiu.

Ao todo, ao abrigo do programa Polis Litoral Ria Formosa, já foram demolidas 297 construções, das quais 108 na Península do Ancão, onde se insere a Praia de Faro, e 189 nos ilhotes.

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