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Fenprof volta à rua. Faixa de 550 metros dá "rosto" às várias reivindicações

18 abr, 2017 - 06:42

Entre 1.500 a 2.000 professores são esperados neste protesto, que começa com uma concentração frente ao Ministério da Educação às 15h00.

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Uma faixa de 550 metros vai exibir, pelas ruas de Lisboa, fotos com rostos de docentes e os problemas que enfrentam. A iniciativa é Federação Nacional de Professores (Fenprof) que esta terça-feira volta a sair à rua em protesto.

Entre 1.500 a 2.000 professores são esperados neste desfile, que começa com uma concentração frente ao Ministério da Educação, às 15h00, seguindo-se o desfile para São Bento, onde se situa a residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, e o parlamento.

A faixa de 550 metros conta com mais de mil fotografias de professores a segurarem um papel, onde está inscrita uma reivindicação específica.

Nessas fotografias, pode ler-se "Gestão democrática para as escolas", "Horários adequados e menos alunos por turma", "Direito à progressão", "Nem reuniões, nem papéis" ou "Contratados não são descartáveis", entre outras reivindicações.

A estrutura sindical admite realizar outras manifestações de maior dimensão e recorrer à greve para reivindicar melhores condições de trabalho e de remuneração.

O descongelamento das carreiras, a aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalização, e a manutenção das escolas na tutela do Ministério da Educação são temas que os sindicatos têm mantido na ordem do dia e dos quais não estão dispostos a abdicar.

“A primeira de várias acções"

A concentração pretende ser “a primeira de várias acções" para reivindicar a resolução de problemas dos docentes, disse à agência Lusa o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que admite convocar uma greve.

Segundo o dirigente sindical da Federação Nacional dos Professores (Fenprof, será realizado no 3.º período do ano lectivo um debate "de forma mais organizada" com os docentes, estando em cima da mesa a possibilidade do "recurso à greve e a uma grande manifestação".

A Fenprof, recordou Mário Nogueira, exige ao Governo um compromisso em relação a matérias como a regularização dos horários de trabalho e das aposentações, a garantia do descongelamento das carreiras dos professores em 2018 e a criação de novos momentos de vinculação extraordinária de docentes nos próximos dois anos.

A federação sindical pretende ainda combater a municipalização do ensino e garantir uma gestão das escolas mais democrática, frisou.

"Propusemos que nos sentássemos e que o compromisso integrasse e considerasse o faseamento na resolução de alguns problemas, que são complexos e têm custos", sublinhou Mário Nogueira, frisando que o que não pode acontecer "é não haver resposta e os problemas não terem uma solução à vista".

O secretário-geral da Fenprof afirmou que o ministro da Educação, na reunião de 5 de Abril, disse que as reivindicações dos professores "ultrapassavam a competência exclusiva do ministério" e que a solução "dependerá do Governo na sua globalidade".

Face a essa resposta, a federação sindical decidiu fazer a concentração no Ministério da Educação, mas depois passar também pela residência oficial do primeiro-ministro, a quem já foi pedida uma reunião para o próprio dia.

De acordo com Mário Nogueira, o primeiro ano do executivo socialista, apoiado pela esquerda parlamentar, foi "um ano de sinais importantíssimos", em que o Governo tomou medidas que acabaram com "algumas zonas de conflito".

Comentários
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  • P/j.cota
    18 abr, 2017 dor.q.t.parta 11:45
    Oh j.Costa tu és um imbecil, toda a gente trabalha e merece ter o direito à sua dignidade. E quem é que te garante que o bom funcionário da câmara, da escola, disto ou daquilo... apesar de darem o seu melhor não lhe dão acima do suficiente?! É que o bom é para os chefes de serviço. Só estes é que são os competentes, muitas vezes valem zero, mas são os que têm sempre as melhores notas. Estas notas são uma grande treta e o teu raciocino é outra treta. Oh homem vê lá se tens mas é mais um pouco de respeito pelos trabalhadores, porque vocês vivem em democracia mas não sabem o que é que isto significa. Eras bom mas era para pertencer às tropas dos ditadores. Parv-lh~ Pronto, já vi que estou a escrever para o boneco. O que é entendes por um mau funcionário? Cada um faz o que lhe mandem fazer, e quando metem um funcionário entre quatro paredes e tratam-no como lixo, é ele é que tem a culpa? Apetecia-me era te chamar tdos os nomes e mais alguma coisa...
  • José Costa
    18 abr, 2017 Porto 09:45
    A Fenprof faz prova de vida. As suas propostas de são perfeitamente razoáveis. Isto é, os bons, os suficientes e os maus, todos devem chegar ao topo da carreira. (Em alguma profissão havia de ser. É nos professores). Assim é a justiça dos medíocres!!!
  • COSTA PANTOMINEIRO
    18 abr, 2017 Lx 09:25
    Estes inúteis da Fenprof voltam a fazer de conta apenas para pressionar o derrotado Costa...Um país que é uma tristeza com esta tralha xuxalista e comunistas e mais os amigos do bloco de esterco...

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