Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Amnistia denuncia tortura e rapto de homossexuais na Chechénia

12 abr, 2017 - 18:05

A ONG lançou uma petição a exigir que os responsáveis sejam levados à justiça.

A+ / A-

A Amnistia Internacional pede às autoridades russas que investiguem as alegadas práticas de rapto e tortura de homossexuais na Chechénia. A organização não governamental (ONG) lançou uma petição a exigir que os responsáveis sejam levados à justiça.

"A Amnistia Internacional (AI) exorta as autoridades russas a encetarem prontamente investigações eficazes aos relatos e testemunhos avançados há dias pelo jornal ‘Novaia Gazeta’ de que estão a ser raptadas e torturadas pessoas identificadas como homossexuais na república federada russa da Chechénia", indicou em comunicado a organização de defesa dos direitos humanos.

A ONG também exige que os responsáveis por "aqueles crimes sejam julgados em procedimentos que cumpram os padrões internacionais de julgamento justo".

Menos de duas horas depois de a versão em português da petição ter sido lançada, já tinha sido subscrita por mais de 230 pessoas, disse à Lusa uma fonte do gabinete da AI em Lisboa.

A organização considera ser "imperativo" que as autoridades russas tomem "todas as medidas necessárias para garantir a segurança de quaisquer pessoas que estejam em risco de perseguição e violência na Tchetchénia devido à sua orientação sexual, real ou como é percepcionada".

Por outro lado, convida as autoridades russas a "repudiarem nos termos mais fortes possíveis" quaisquer "atitudes e discursos discriminatórios oriundos de responsáveis governamentais".

Para a Amnistia Internacional, o "clima de intolerância e homofobia prevalecente na Chechénia é encorajado pelas próprias autoridades da república" russa.

"Os chamados 'crimes de honra' (crimes com motivos discriminatórios) são praticados por todo o Norte do Cáucaso, em especial na Chechénia, com total impunidade. A Amnistia Internacional considera que as autoridades chechenas estão em negação sobre os testemunhos tornados públicos", indica a AI no mesmo comunicado.

A petição lançada pela Amnistia Internacional a nível global é dirigida ao presidente da Comissão de Investigação russa, Aleksandr Ivanovich Bastrikin, e ao director daquele mesmo organismo estatal, Serguei Sokolov.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+