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Ex-conselheiro de Trump fala sobre relações com a Rússia a troco de imunidade

31 mar, 2017 - 16:22

Mike Flynn, que é acusado de ter mentido sobre conversas que manteve com o embaixador russo, promete contar tudo o que sabe sobre as relações da campanha de Trump com a Rússia.

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O ex-conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, Mike Flynn, ofereceu-se para testemunhar perante o Congresso e provar a existência de ligações entre a campanha de Donald Trump e a Rússia. Em troca, Flynn quer imunidade contra uma “acusação injusta”, informou o seu advogado na quinta-feira.

“O General Flynn terá certamente uma história para contar , e ele quer muito conta-la. As circunstâncias têm de o permitir”, diz o seu advogado, Robert Kelner, num comunicado divulgado na rede social twitter.

No mesmo comunicado, o advogado de Flynn informa que o ex-conselheiro de segurança nacional está disposto a testemunhar perante o Senado e a Casa dos Representantes, num momento em que as duas câmaras estão a investigar as alegadas ligações da campanha de Donald Trump à Russia.

Apesar de tudo, o senador Angus King, membro do Comité dos Serviços de Informação do Senado, já veio a público dizer que era demasiado sedo para discutir a imunidade de Flynn.

Mike Flynn, que foi forçado a afastar-se do cargo que tinha na administração Trump em Fevereiro por ter mentido sobre conversas com o embaixador russo, poderá agora ajudar a clarificar as relações da equipa de campanha do presidente norte-americano com a Rússia.

A decisão de Flynn acontece num momento em que as agências de espionagem norte-americanas acreditam haver ligação entre a divulgação de e-mails da campanha Democrata e a Rússia.

O Kremlin já negou todo o envolvimento na divulgação dos e-mails.

“Caça às bruxas”, classifica Trump

Donald Trump já reagiu a decisão de Flynn.

Através da rede social Twitter, Donald Trump sustenta a posição do ex-conselheiro de segurança, afirmando que Flynn deve pedir imunidade nesta “caça às bruxas”, ou, nas palavras de Trump, “uma desculpa pela derrota (…) de proporções históricas” dos “média & democratas”.

O senador Angus King já reagiu ao tweet do Presidente. Em declarações à CNN, o membro do Comité dos Serviços de Informação do Senado negou que a investigação que está a ser feita seja “uma caça às bruxas”, mas sim “um esforço para que se consiga encontrar a resposta a um conjunto importante de perguntas”.

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