30 mar, 2017 - 14:01
A Academia de Cinema dos Estados Unidos decidiu mudar o protocolo dos funcionários da consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) que ficam responsáveis pelos envelopes com os vencedores dos Óscares.
Mantendo a parceria de 83 anos com a consultora, a Academia decidiu proibir o uso de telemóvel aos dois funcionários que, nos bastidores da cerimónia, ficam encarregados dos envelopes com os nomes dos premiados.
"Depois de uma minuciosa análise, que incluiu uma extensa apresentação de protocolos corrigidos e controlos mais ambiciosos, a Academia decidiu continuar a trabalhar com a PwC", começou por anunciar, nesta quinta-feira, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, numa mensagem enviada aos membros da organização.
Contudo, a partir de agora, haverá uma terceira pessoa da consultora a verificar a entrega correcta dos envelopes e um responsável superior da PwC nos bastidores da cerimónia.
As mudanças foram decididas depois de uma polémica na cerimónia deste ano, em Fevereiro, em que foi entregue um envelope errado aos actores que iam anunciar o vencedor do prémio para Melhor Filme.
Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram "La La Land", nome que estava escrito num envelope com o Óscar de Melhor Actriz (para Emma Stone), em vez de "Moonlight", e a troca acabou por manchar, não só a cerimónia, como toda a história de atribuição dos prémios de cinema.
A consultora PwC assumiu a responsabilidade pelo erro, uma vez que um dos funcionários admitiu ter estado distraído a utilizar o telemóvel, nos bastidores, e que trocou a entrega do envelope correcto.
A Academia já tinha anunciado que os dois funcionários da PwC, Brian Cullinan e Martha Ruiz, não voltarão a participar na cerimónia dos Óscares.