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Presidente do Chile começa visita a Portugal em Évora

30 mar, 2017 - 09:04 • Rosário Silva

Marcelo Rebelo de Sousa recebe Michelle Bachelet, que recebe no Alentejo o doutoramento Honoris Causa.

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A Presidente do Chile, Michelle Bachelet, começa esta quinta-feira, em Évora, uma visita de Estado de dois dias a Portugal.

Na capital alentejana, a azáfama nas últimas horas tem sido notória, sobretudo no centro histórico e nos locais por onde vai passar a Presidente chilena, acompanhada pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Bachelet vai ser recebida com honras militares a partir das 10 horas, na Praça do Giraldo. São 120 militares que compõem a Guarda de Honra conjunta composta por uma companhia da Marinha, do Exército e uma Esquadrilha da Força Aérea Portuguesa.

Da sala de visitas da cidade segue para a Catedral, a pé. Já na Sé, Michelle Bachelet deposita uma coroa de flores no túmulo de André de Resende, um humanista do século XVI, natural da cidade, a quem se ficaram a dever os primeiros estudos sobre arqueologia de Évora.

O programa prossegue com a fotografia oficial no Paço de São Miguel, da Fundação Eugénio de Almeida, nas traseiras da Catedral. Haverá então um encontro a sós entre os dois chefes de Estado, que será mais tarde alargado às respectivas delegações.

Por volta das 12h15, está prevista uma conferência de imprensa, seguindo depois os Presidentes, já de carro, para o Palácio de D. Manuel para um almoço oferecido pelo presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá.

Se o horário se cumprir, por volta das 14 horas Michelle Bachelet e Marcelo Rebelo de Sousa serão recebidos na reitoria da Universidade de Évora, instituição que atribui o doutoramento Honoris causa à Presidente da República do Chile.

A partir desta quinta-feira, o nome da Presidente chilena passa a figurar entre os nomes inscritos na já longa lista de doutores honoris causa pela Universidade de Évora, um título atribuído “a individualidades que tenham contribuído de forma excepcional para o progresso da ciência, da técnica, da arte ou ainda para o bem-estar social e cultural dos povos”, refere uma nota da instituição.

No caso de Michelle Bachelet, entre outras razões, a Universidade alega que se trata de uma figura “detentora de um percurso excepcional, com uma carreira profissional de medicina da maior relevância social e de uma notável dedicação ao bem estar do povo chileno”, além de ter tido “uma vida pautada pela luta pela liberdade e pela Democracia e, em particular, pelos Direitos Humanos, com o foco especialmente direccionado para os mais vulneráveis da sociedade e para as vitimas da ditadura (chilena)”, lê-se.

O programa desta quinta-feira, primeiro dia da visita oficial de dois dias a Portugal, termina fora do Alentejo, com um jantar marcado para o Palácio Nacional de Sintra.

O segundo dia é já em Lisboa, onde a Presidente Bachelet tem encontros agendados com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, com o primeiro-ministro, António Costa, e com empresários portugueses. Fará ainda uma visita à Fundação Champalimaud e à Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva.

A Presidente do Chile responde, assim, a um convite endereçado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa em 2016, à margem da XXV Cimeira Ibero-Americana, que decorreu em Cartagena das Índias.

A visita tem também uma importante componente económica, uma vez que o Chile se tornou, em 2016, o terceiro parceiro comercial de Portugal na América Latina.

A última visita de Estado de Bachelet a Portugal foi em 2009, depois participar na XIX Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo que aconteceu no Estoril. Nessa ocasião, ambos os países assinaram dois memorandos de entendimento para cooperar nos âmbitos de desenvolvimento energético e consulta política.

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