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Texto de Theresa May explica “Brexit” em sete países europeus

30 mar, 2017 - 10:00

Londres activou o artigo 50º do Tratado de Lisboa, o que significa que o Reino Unido se prepara para abandonar a União Europeia em 2019.

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A primeira-ministra britânica publicou, esta quinta-feira, em sete jornais europeus uma explicação sobre o 'brexit' reafirmando o empenho na defesa dos direitos dos cidadãos europeus que residem no Reino Unido.

Theresa May publicou textos no jornal irlandês, “Irish Times”, no polaco “Rzeczpospolita”, no diário italiano “La Republica”, no periódico francês “Le Parisien” e no alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung” afirmando que "o Reino Unido sai da União Europeia" mas que os britânicos continuam na Europa.

"Quero assegurar-vos que esta decisão não significa uma rejeição de valores que partilhamos com os europeus", escreve May que recorre aos mesmos argumentos apresentados, na quarta-feira, na mensagem oficial de Londres dirigida ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

"Não se trata de provocar danos à União Europeia", diz Theresa May, referindo-se ao 'brexit', acrescentando que, "pelo contrário", o Reino Unido "quer uma União Europeia bem-sucedida e próspera".

"Nós queremos manter-nos como parceiros e aliados sólidos da França e de todos os nossos amigos continentais", indica a chefe do Executivo no jornal francês.

No “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, May sublinha a forma como a Alemanha e a Grã-Bretanha se têm afirmado internacionalmente, em especial sobre a "integridade territorial da Ucrânia" ou na ajuda aos refugiados da guerra da Síria.

No italiano, a chefe do Executivo britânica sublinha as relações entre os dois países recordando "600 mil italianos vivem no Reino Unido". Neste texto, May acrescenta a colaboração entre Londres e Roma na luta contra o grupo radical Estado Islâmico e a intervenção na crise migratória no Mediterrâneo.

O texto insiste também nas relações económicas bilaterais privilegiadas recordando, por exemplo, que 400 mil britânicos trabalham em empresas alemãs e 250 mil alemães são empregados de companhias do Reino Unido.

Na versão francesa da mensagem, a governante diz que eventuais barreiras comerciais são contrárias aos interesses comuns entre Londres e os 27 países da união.

No texto comum publicado nos sete jornais, Theresa May afirma que está empenhada em garantir, "o mais rápido possível", os direitos dos cidadãos da União Europeia que residem no Reino Unido, assim como os direitos dos britânicos que residem nos países europeus.

Na quarta-feira, nove meses após o referendo que deu a vitória ao “brexit”, a primeira-ministra britânica activou o artigo 50º do Tratado de Lisboa, o que significa que o Reino Unido se prepara para abandonar a União Europeia em 2019.

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  • P/FSand
    31 mar, 2017 dequalquerlado 11:31
    O FSande Tens pena da geração mais nova inglesa? Tu nem sabes o que dizes. Os portugueses são pobres mas unidos? Quer dizer, agora também já falas por aqueles que são contra a u.e. , até por mim? Eu só espero que os ingleses tenham muito sucesso com esta saída, além do mais ela assegura que respeitará os cidadãos dos outros países. Portugal está dando bofetadas em quem, se ele está na cauda desta europa, que parece mais a lei da selva? Não produzes para dependeres de importações, estás subjugado á austeridade que é imposta pela alemanha, tens uma moeda unica que só serviu para se perder poder de compra. Preferia ganhar 100 contos no tempo do escudo a ganhar hoje 1000 euros. Tens um país sem dignidade, sem trabalhos, com famílias sem dinheiro para dar de comer aos filhos, trabalhadores na precariedade, com salários congelados e sem dinheiro para ir à oficina limpar a ferrugem do carro, muitos até sem dinheiro para pagar a luz. De que é que te podes orgulhar nesta europa, parvalh~.? É que passamos a perder a nossa autonomia, a nossa dignidade, para se estar sempre de mão esntendida, mas ainda há tolos que vem para aqui orgulhosos de pertencer a u.e. Não serás daqueles que se fartou de comer também dos subsídios?!
  • f sande
    30 mar, 2017 evora 10:44
    mas depois nao se voltem para a europa tenho pena da geração mais nova inglesa.depois os portugueses é que sãogastadores olhem para o que nós temos sofrido com impostos e cortes em tudo.mas neste momento estamos a dar bofetadas em alguns paises.força portugueses .pobres mas unidos .

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