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Corrupção

Penafiel e Oriental demarcam-se da operação "Jogo Duplo"

29 mar, 2017 - 16:31

Clubes duriense e lisboeta emitem posições sobre o caso de corrupção que está a abalar o futebol português.

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Penafiel e Oriental apressaram-se, esta quarta-feira, a demarcar-se totalmente das diligências levadas a cabo pela Polícia Judiciária relativamente à denominada operação "Jogo Duplo".

Cinco futebolistas e um membro da claque Super Dragões, afecta ao FC Porto foram detidos esta quarta-feira no âmbito do caso que investiga viciação de resultados no futebol.

A investigação remonta às temporadas de 2014/15 e 2015/16, contexto em que três jogadores representavam o Oriental, um o Penafiel e outro o Académico de Viseu, equipas que disputavam a Segunda Liga.

Segundo fonte ligada à operação e citada pela Agência Lusa, estas detenções e a constituição de outros oito arguidos estão relacionadas com uma rede asiática de viciação de resultados, nomeadamente com ligações a empresários malaios.

"A ser verdade o teor das referidas notícias, o FC Penafiel e os seus responsáveis, demarcam-se em absoluto dos alegados actos", pode ler-se num comunicado de quatro pontos divulgado pelo emblema duriense, no qual se garante que "em momento algum" o nome do Penafiel foi "referido", "sendo inequívoco não houve qualquer contacto com os seus dirigentes nem com os atuais atletas".

"O FC Penafiel e os seus dirigentes sempre pugnaram pela verdade desportiva, repudiando quaisquer atos que possam falsear resultados desportivos. O FC Penafiel e os seus dirigentes colocam-se desde já á disposição das autoridades competentes, no âmbito da investigação em curso, para todo e qualquer esclarecimento que achem por conveniente", pode ler-se ainda na referida missiva.

Já o presidente do Oriental, José Nabais, lamentou a demora nos desenvolvimentos da operação "Jogo Duplo" e mostrou-se ansioso para que a processo chegue ao fim, frisando que o clube de Marvila é "a parte lesada".

"Na nossa posição, a única coisa que dizemos é que estes desenvolvimentos pecam por tardios. A justiça está a fazer o seu trabalho e temos que aguardar serenamente, mas com alguma ansiedade que o processo chegue ao fim, até porque o Oriental é parte lesada neste processo todo", salientou, à Agência Lusa.

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