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"Jogo Duplo". Seis detidos por suspeita de corrupção no futebol

29 mar, 2017 - 12:30

Detenções feitas no âmbito da segunda fase da operação da Polícia Judiciária. Além dos detidos, há mais oito pessoas constituídas arguidas.

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A Polícia Judiciária (PJ) deteve seis pessoas e constituiu outros oito arguidos por suspeitas de associação criminosa, corrupção activa e corrupção passiva, no âmbito da ‘lei da corrupção desportiva’. Cinco futebolistas e um membro da claque Super Dragões, afecta ao FC Porto, são os seis detidos, disse à Lusa fonte policial.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a PJ adianta que esta investigação surge no seguimento da primeira fase da operação "Jogo Duplo"’, na qual, em Maio de 2016, foram detidas 15 pessoas e realizadas 31 buscas.

A investigação decorre há cerca de um ano e tem como objecfto o fenómeno da corrupção no desporto como instrumento do "match fixing" (viciação de resultados) de competições oficiais de futebol.

Na segunda fase da operação "Jogo Duplo"’, além dos seis detidos, a PJ efectuou 16 buscas domiciliárias em diversas localidades, nomeadamente Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde e apreendeu diverso material relacionado com a prática da actividade criminosa.

A nota refere que, durante a investigação, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ contou com a colaboração da EUROPOL, de entidades estrangeiras de monitorização de jogos, além da cooperação com a Federação Portuguesa de Futebol.

Os seis detidos serão presentes ao primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

À época dos factos, três jogadores representavam o Oriental, um o Penafiel e outro o Académico de Viseu.

Na primeira fase da operação de combate à corrupção no desporto, tornada pública a 14 de Maio do ano passado, 15 pessoas, entre os quais alguns futebolistas, foram detidas por suspeita de “manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol”, com recurso ao aliciamento de jogadores.

Neste processo investigam-se “factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva”, envolvendo como suspeitos “dirigentes e jogadores de futebol” e outras com “ligações ao negócio das apostas desportivas”, adiantava um comunicado do Ministério Público.

Dos 15 detidos, três ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Comentários
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  • Rui
    29 mar, 2017 Castelo Branco 13:26
    Devem andar à volta da cratera do vulcão... Mas é sempre bom começar por algum lado.

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