Londres rejeita segundo referendo à independência da Escócia

28 mar, 2017 - 19:31

Referendo numa altura em que está em discussão a futura relação com a Europa seria “injusto”, diz o Governo central do Reino Unido.

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Escócia quer novo referendo sobre independência. Londres recusa. Foto: Andy Rain/EPA

O Governo do Reino Unido rejeitou a decisão do Parlamento escocês no sentido de se realizar um novo referendo sobre a independência daquela região.

O Parlamento escocês aprovou esta terça-feira a decisão de se fazer um segundo referendo.

Um referendo realizado em 2014 viu a possibilidade de se declarar independência do Reino Unido chumbada, com 55% a votar contra. Mas entretanto houve a decisão de o Reino Unido abandonar a União Europeia, o que levou os escoceses a reivindicar o direito de votar outra vez, tendo em conta que no referendo do Brexit o “não” à saída ganhou por esmagadora maioria na Escócia.

Mas é precisamente por o Reino Unido estar a começar o processo de negociações para sair da União Europeia que Londres diz rejeitar a proposta escocesa. Segundo o Governo, “não seria justo para as pessoas da Escócia estar a pedir-lhes para tomar uma decisão tão importante sem a informação necessária sobre a nossa futura relação com a Europa, ou como seria uma Escócia independente”, diz o Governo.

Londres vai accionar já esta quarta-feira, dia 29 de Março, o “Artigo 50”, começando assim o processo de saída da União Europeia.

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vida difícil
29 mar, 2017 Santarém 23:44
Isto de ser colonizado tem sempre os seus contras, até aqui os escoceses praticamente sentiram-se obrigados a votar na permanência do RU porque caso contrário iriam sofrer as consequências da ditadura da UE e seriam expulsos da mesma mas agora que os ingleses decidiram sair da UE e os escoceses pretendem continuar correm o risco de não ser aceites ou antes ser expulsos à força porque na UE existem outras ditaduras entre as quais a espanhola que não lhes interessa dar razão a quem a tem pela razão que mantem outros povos sob a sua soberania isto para além de que os próprios ingleses agora prevendo a vitória da saída do RU na Escócia impõem a sua ordem e recusam novo referendo e assim vivemos numa democracia que só conta quando a lei está do lado do mais poderoso.
Beaver
29 mar, 2017 Fornos de Algodres 10:35
Oh Jaime, e vc sabe porque os Escoceses decidiram, por escassa maioria, permanecer no Reino Unido? Para evitarem serem expulsos da UE, ou terem de passar pelo processo de adesão. E agora que os amigos Ingleses decidiram sair, os Escoceses já não podem reconsiderar a sua decisão? Está visto que vc tem costela Inglesa.
Beave
29 mar, 2017 Fornos de Algodres 10:31
E vivá Democracia. Vota como eu e és meu amigo, vota diferente e perdes os direitos !!!! E ainda há quem queira estes gajos na Europa!!!!!
Helga
29 mar, 2017 Braga 07:20
Tem piada.... Londres só tem de aceitar. A Escócia é um país e como tal decide sobre o que quer fazer. Apenas estão na união britãnica porque assim o decidiram, e quando decidirem sair não vai ser Londres a ter de aceitar.... De qql forma todos sabem que a Escócia irá sair do Reino Unido, e pouco depois sairá igualmente a Irlanda do Norte para se juntar à Republica. Ficando apenas Inglaterra e Gales a gerir a porcaria onde se enfiaram.... Com sorte Londres declara independência do resto da União britânica e ficam os ingleses sem capital..... temos pena.
Santos
29 mar, 2017 Lisboa 00:29
Deixem lá, os ingleses acabarão por ter de aceitar o referendo. Se a UE impuser aos ingleses um acordo que não lhes seja favorável, a situação vai tornar-se impossivel de aguentar.
Jaime
28 mar, 2017 Porto 22:22
Há menos de 3 anos os Escoceses votaram para continuar no Reino Unido, continuando como cidadãos Britânicos. Presume-se então que estavam dispostos a aceitar as decisões tomadas em relação a qualquer assunto em que TODOS os cidadãos Britânicos fossem chamados a responder. O referendo do Brexit não fez a pergunta aos Escocêses, mas sim aos cidadãos Britânicos, que é o que eles também são depois terem escolhido ficar no Reino Unido no referendo há menos de três anos. No cômputo geral da contagem dos votos de todos os cidadãos Britânicos (incluindo Gibraltar e outras esquisitices), a vontade dessa comunidade Britânica foi de sair da UE. Os Escocêses não têm mais que aceitar o resultado da consulta a toda a comunidade Britânica à qual eles escolheram pertencer há menos de três anos.
Janeka
28 mar, 2017 Faro 21:52
Que linda que anda a democracia de conveniência deste governo. Para o Brexit foi fundamental a opinião do povo inglês. Agora já não conta a opinião do povo escocês??? E daqui a pouco do Irlandês ???