28 mar, 2017 - 08:01
Entre 1997 e 2016, morreram 94 pescadores lúdicos (pesca de lazer e desportiva) em falésias ou zonas rochosas.
Nos 252 acidentes registados durante esse período, ficaram ainda feridos 137 pescadores e 32 foram dados como desaparecidos.
Só no último ano, foram registados 19 acidentes, que provocaram quatro mortos, 14 feridos e um desaparecido em acidentes naquelas zonas.
A maioria dos acidentes ocorreu em Cascais, na zona compreendida entre o Cabo da Roca e o Cabo Raso (distrito de Lisboa); em Sines, entre Vila Nova de Milfontes e o Cabo Sardão (Setúbal); e em Lagos, entre Sagres e a Carrapateira (Faro).
Só em Lagos foram registados 59 acidentes, que provocaram 26 mortos, 33 feridos e cinco desaparecidos, refere a agência Lusa, citando dados da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Em Cascais, de acordo com a mesma fonte, ocorreram 47 acidentes, que causaram nove mortos, 26 feridos e sete desaparecidos.
No que diz respeito a Sines, a Autoridade registou 32 acidentes, que provocaram sete mortos, 21 feridos e cinco desaparecidos.
“Todos os pescadores lúdicos são sujeitos a uma fiscalização genérica para efeitos de verificação de licença e tamanho do pescado, sendo sujeitos à aplicação de processos de contraordenação e coimas", destaca a AMN na informação enviada à Lusa.
Mesmo assim, em 2016, e após fiscalização nas zonas de Cascais, Sines e Lagos, foram instaurados 52 processos de contraordenação, levantados 32 autos e aplicadas coimas no valor de 4.710 euros.
Há uma semana, um pescador lúdico de 32 anos caiu ao mar na praia da Biscaia, em Cascais, e ainda não foi encontrado.